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Ibovespa: Só 8 ações caem após Powell “decretar” corte

A indicação de queda dos juros por Powell em setembro tira um pouco a pressão de apostas de alta da Selic, mas não por completo

por Redação Dinheirama
3 min leitura
Ibovespa

O bom humor dos mercados principalmente em Nova York se espelha no Ibovespa (IBOV), que renovou máxima a 136.346,50 pontos. As valorizações das bolsas refletem a indicação do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, de que haverá corte de juros nos EUA em setembro.

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Ainda que não tenha se comprometido com a magnitude da queda nem com total de recuos, é uma indicação muito positiva, avalia Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research.

“Tem corte no radar e os mercados reagiram super bem. É o panorama quase que perfeito para investir em ativos de risco”, diz. “A curva de juros nos Estados Unidos passou a fechar mais, refletindo na do Brasil, enquanto o dólar acelerou a queda”, completa.

Conforme Larissa Quaresma, a indicação de queda dos juros americanos em setembro tira um pouco a pressão de apostas de alta da Selic, mas não por completo. “Precisaria ver o dólar ceder a R$ 5,20”, diz.

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Contudo, ajuda a tirar um pouco a predominância das ações ligadas a commodities no Ibovespa, dando espaço às small caps que são mais sensíveis a juros.

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Às 12h10, o Ibovespa subia 0,70%, aos 136.122 pontos, ante elevação de 0,87% na máxima aos 136.346,50 pontos.

De um total de 85 papéis, só oito caíam.

Tudo sobre o discurso de Powell

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, deu nesta sexta-feira (23) o seu tão esperado discurso, “minuciosamente examinado” por economistas e investidores.

No discurso, ele destacou que a inflação nos Estados Unidos caiu significativamente, agora estando “muito mais próxima do nosso objetivo de 2%”.

Powell creditou essa conquista à política monetária restritiva, que ajudou a restaurar o equilíbrio entre oferta e demanda, reduzindo as pressões inflacionárias. Powell também abordou a necessidade de ajustes futuros na política monetária.

“Chegou a hora de a política se ajustar. A direção da viagem é clara, e o momento e o ritmo dos cortes de taxas dependerão dos dados recebidos, da perspectiva em evolução e do equilíbrio do balanço de riscos”, disse.

Os 10 pontos mais importantes da fala de Powell

1 – Progresso na inflação: Jerome Powell destacou que a inflação caiu para “2,5% nos últimos 12 meses”, aproximando-se do objetivo de 2% do Fed. Ele atribuiu essa redução à “política monetária restritiva”, que ajudou a equilibrar a oferta e a demanda. Powell expressou confiança de que a inflação está em um “caminho sustentável de volta a 2%”.

2 – Mercado de trabalho moderado: O mercado de trabalho, que antes estava superaquecido, “resfriou consideravelmente”. A taxa de desemprego aumentou para 4,3%, mas Powell ressaltou que isso ocorreu sem um aumento acentuado em demissões, e que “não buscamos ou damos boas-vindas a um resfriamento adicional”.

3 – Riscos econômicos equilibrados: Powell mencionou que os riscos de alta para a inflação diminuíram, enquanto os “riscos de baixa para o emprego aumentaram”. O Fed está atento a ambos os lados de seu duplo mandato, buscando um equilíbrio entre a estabilidade de preços e a maximização do emprego.

4 – Ajuste de política monetária: O presidente do Fed afirmou que “o momento e o ritmo das reduções das taxas de juros dependerão dos dados recebidos”. Powell indicou que a política monetária será ajustada conforme necessário, com foco em manter a inflação baixa e estável.

5 – Impacto da pandemia: Powell discutiu como a pandemia de COVID-19 levou a “grandes distorções” na economia, impactando tanto a oferta quanto a demanda. Esses efeitos, combinados com políticas fiscais expansivas, contribuíram para a alta inicial da inflação.

6 – Resiliência do mercado de trabalho: Apesar da desaceleração econômica, Powell destacou que o mercado de trabalho permaneceu forte, com um aumento de mais de 6 milhões de empregos desde meados de 2021. Esse crescimento ajudou a conter a inflação sem a necessidade de “uma recessão prolongada”.

7 – Importância das expectativas de inflação: Powell enfatizou a “importância crítica” de manter as expectativas de inflação ancoradas. Ele argumentou que essa ancoragem, reforçada por ações vigorosas do Fed, permitiu a desinflação sem a necessidade de um aumento significativo do desemprego.

8 – Resposta global à inflação: Powell observou que a alta inflação foi um fenômeno global, refletindo “experiências comuns”, como o aumento rápido da demanda por bens e o choque nos preços das commodities. Ele destacou a resposta coordenada dos bancos centrais para evitar que a inflação se tornasse entrincheirada.

9 – Desafios futuros: O presidente do Fed alertou que a economia pós-pandemia é “diferente de qualquer outra” e que ainda há muito a aprender com esse período extraordinário. Ele reforçou o compromisso do Fed de revisar suas estratégias regularmente para se adaptar a novos desafios.

10 – Conclusão e humildade: Powell encerrou seu discurso com um chamado à “humildade”, reconhecendo as limitações do conhecimento econômico diante das complexidades da pandemia. Ele afirmou que o Fed permanecerá “aberto a críticas e novas ideias”, enquanto preserva os pontos fortes de sua estrutura de políticas.

(Com Estadão Conteúdo)

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