A plataforma do CME Group atualizou nesta sexta-feira, 23, pela primeira vez, a precificação da curva futura para a evolução dos juros norte-americanos até o final do ano que vem.
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As chances continuam bem pulverizadas entre as várias hipóteses, mas a ferramenta mostra maior probabilidade (26,2%) de a taxa básica definida pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) cair do nível atual (entre 5,25% e 5,50%) até o intervalo entre 3,00% e 3,25% no fim de 2025 – ou seja, uma baixa acumulada de 225 pontos-base (pb).
Em seguida, o mercado embute 23,5% de possibilidade de haver uma redução de 250 pontos-base no período, comparado com 18,8% de risco de o corte ser de 200 pontos-base.
Há ainda 13,9% de chance de um afrouxamento bem mais agressivo, de 275 pontos-base.
Mercados e o juro
O bom humor dos mercados principalmente em Nova York se espelha no Ibovespa (IBOV), que renovou máxima a 136.346,50 pontos. As valorizações das bolsas refletem a indicação do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, de que haverá corte de juros nos EUA em setembro.
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Ainda que não tenha se comprometido com a magnitude da queda nem com total de recuos, é uma indicação muito positiva, avalia Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research.
“Tem corte no radar e os mercados reagiram super bem. É o panorama quase que perfeito para investir em ativos de risco”, diz. “A curva de juros nos Estados Unidos passou a fechar mais, refletindo na do Brasil, enquanto o dólar acelerou a queda”, completa.
Conforme Larissa Quaresma, a indicação de queda dos juros americanos em setembro tira um pouco a pressão de apostas de alta da Selic, mas não por completo. “Precisaria ver o dólar ceder a R$ 5,20”, diz.
(Com Estadão Conteúdo)