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Vale sobe 3% após indicação de CEO e suporta Ibovespa

Os investidores repercutem a valorização de 3,34% do minério de ferro em Dalian, na China, e o anúncio do nome do novo presidente da Vale

por Redação Dinheirama
3 min leitura
BTG

O Ibovespa (IBOV) opera no zero a zero nesta terça-feira (27), na faixa dos 137 mil pontos, após ter fechado com nova marca histórica de pontuação ontem, aos 136.888,71 pontos, em elevação de 0,94%. O viés de baixa das bolsas de Nova York, após ganhos recentes, dificulta o índice de trilhar um rumo, enquanto a Vale sobe após a indicação do CEO.

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“Temos uma abertura bem diferente da vista ontem para o Ibovespa – em alta por conta do avanço do petróleo e das ações da Petrobras (PETR4). Hoje, os papéis da Petrobras corrigem um pouco e os da Vale (VALE3) avançam”, pontua.

Para Pedro Moreira, sócio da One Investimentos, completando que pode ocorrer uma correção do Ibovespa moderada hoje ou oscilações contidas.

A agenda externa é esvaziada e os investidores mantêm expectativa para iminente corte de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), dado que indicadores recentes esfriaram temores de uma recessão nos EUA, antes da divulgação do balanço da Nvidia (NVDA; NVDC34), amanhã, e do índice de inflação PCE do país, na sexta-feira.

Vale

Aqui, os investidores repercutem a valorização de 3,34% do minério de ferro em Dalian, na China, e o anúncio do nome do novo presidente da Vale. A empresa comunicou ontem à noite que o vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores da companhia, Gustavo Pimenta, foi escolhido para substituir Eduardo Bartolomeo como CEO a partir de 1º de janeiro.

“Tivemos algumas semanas conturbadas por conta da pressão do governo para indicar um nome para a presidência da Vale. Como foi escolhido um executivo da própria empresa, que é bem relacionado com o mercado e não há sinais de influência do governo, é algo bem visto”, avalia Moreira, da One Investimentos.

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Ao mesmo tempo, o mercado avalia a desaceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) a 0,19%, conforme a mediana das expectativas, após alta de 0,30%. Ainda houve arrefecimento em serviços e serviços subjacentes na margem, algo bastante acompanhado pelo Banco Central em suas decisões de política monetária. Porém, avançaram na comparação em 12 meses.

Desta forma, e em meio à desancoragem das expectativas inflacionárias, isso pode ser insuficiente para apagar as apostas de alguns de elevação da taxa Selic em setembro.

Segundo a economista-chefe da Galapagos Capital, Tatiana Pinheiro, por estar em linha com o consenso e com a inflação de serviços subjacente resistente, não deveria afetar a expectativa de juros do mercado. “Na minha opinião, não vejo a inflação bem comportada divulgada hoje afetando as expectativas do mercado sobre o ciclo precificado de alta de juros”, diz.

O economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, pontua que o IPCA-15 entrou em processo de arrefecimento e diz esperar preliminarmente deflação de 0,06% para o dado fechado deste mês. “Assim, reforçamos nossa expectativa de que o IPCA de agosto, a ser divulgado em 10 de setembro, contribuirá para a manutenção da Selic em 10,50% no dia 19 de setembro”, cita Sanchez em nota.

(Com Estadão Conteúdo)

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