Apesar da notícia divulgada ontem de que o governo federal irá apoiar as companhias aéreas com um crédito de até R$ 5 bilhões, as ações da Azul (AZUL4) derretem aproximadamente 25% nesta quinta-feira (29).
As mudanças no Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), destinado ao turismo, agora permitem que ele possa ser utilizado como fonte garantidora para financiamentos buscados por companhias aéreas, que reclamam de crise financeira.
Ainda é necessária uma sanção presidencial.
Reestruturação da dívida
Uma notícia publicada na Bloomberg, contudo, desanimou os investidores. A Azul estaria estudando opções para reestruturar a sua dívida.
“Ainda que este fato não seja novidade dado que a natureza do negócio da companhia lhe urge a sempre estar buscando melhores opções para o pagamento do seu passivo, preocupa as novas condições que a empresa pode encontrar neste momento para se refinanciar dado o estágio atual do câmbio, preços de QAV (querosene de aviação) e sua alavancagem, que atingiu 4,5 vezes no segundo trimestre de 2024”, avalia a Ativa Investimentos.
Os analistas lembram que, ao negociar a sua dívida com lessores no ano passado, eles aceitaram receber um cupom fixo de 7,5% e ações à R$ 36 a serem emitidas entre o segundo semestre de 2024 e o mesmo período de 2027.
“Como este valor é muito superior ao valor atual da ação, é natural que a Azul esteja buscando formas de renegociar este liability, ao passo que também é natural que os lessores cobrem um pedágio para aceitarem renegociar novamente os valores que têm a receber da empresa. Em suma, o potencial de diluição total dos minoritários oriundo do acordo com lessores pode se mostrar, na prática, maior que o outrora imaginado”, opina a Ativa.
Outra saída possível seria a realização de um nova oferta de ações e a aceleração das conversas com a GOL (GOLL4) A matéria fala ainda na possibilidade da empresa, tal como GOL e Latam (LTM; LTMAY), acessar o Chapter 11, lei de falências dos EUA.