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3R será Brava Energia para deixar de ser “júnior”

Segundo a empresa, a nova marca reflete o "início da jornada de uma das principais empresas independentes do setor de óleo e gás da América Latina

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Polo Peroá, da 3R Petroleum

A 3R Petroleum (RRRP3) passará a se chamar Brava Energia, resultado da fusão com a Enauta (ENAT3) e terá o código de negociação na Bolsa BRAV3, informou a empresa por meio de um comunicado enviado ao mercado nesta sexta-feira (30).

A mudança no pregão da B3 (B3SA3) acontece a partir do dia 9 de setembro.

Segundo a empresa, a nova marca reflete o “início da jornada de uma das principais empresas independentes do setor de óleo e gás da América Latina, de portfólio diversificado de alto crescimento com robusto volume de reservas provadas de baixo risco, integradas a atividades industriais e ativos logísticos”.

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“Brava Energia reforça a brasilidade da companhia, a bravura da equipe e parceiros na entrega de melhores resultados. A marca destaca uma empresa responsável, segura, eficaz, eficiente, corajosa, robusta, ágil e pragmática”, afirma o CEO, Décio Oddone.

A companhia diz ainda que a Brava Energia tem foco em maximizar resultados através de incansável busca por eficiências operacionais e disciplina de capital, seguindo atenta a oportunidades de desenvolvimento de novos negócios e de aproveitamento de suas vantagens competitivas que possam gerar valor a acionistas, clientes, fornecedores, colaboradores e a sociedade.

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Não é mais júnior

Em uma análise recente, o Itaú BBA recomendou a compra das ações da 3R Petroleum (RRRP3), destacando o potencial significativo da empresa após a fusão com a Enauta (ENAT3) em um relatório chamado “Não me chame de Júnior”.

No documento assinado pelos analistas Monique Martins Greco Natal, Eric de Mello e Bruna Amorim, o banco revisou suas estimativas para a 3R, atualizando o preço-alvo para R$ 47 por ação até o final de 2025. O potencial de valorização é de 74%.

A recomendação é baseada em um cenário promissor de geração de caixa e na capacidade da empresa de superar os desafios da integração.

Nova empresa

Após a fusão, a nova 3R Petroleum, que ainda mantém esse nome temporariamente, deve alcançar uma produção superior a 110 mil barris de óleo equivalente por dia (kboed) em 2025. A empresa passa a contar com uma diversidade de ativos onshore e offshore, diferentes maturidades de campos, exposição aos mercados de petróleo e gás, além de blocos de exploração e ativos mid-downstream.

Isso posiciona a 3R muito além do status de uma empresa júnior, conferindo à nova equipe de gestão uma ampla gama de opções para gerenciar os ativos de forma eficiente e criar valor para os acionistas.

Nos próximos meses, a 3R revisará seu planejamento estratégico para definir as prioridades de alocação de capital e otimizar seu portfólio de ativos. Isso pode resultar em ajustes no capex em diversos campos, bem como na possível alienação de ativos não essenciais para focar nos três campos principais: Atlanta, Papa Terra e Potiguar. Conforme os analistas, a empresa pode enfrentar desafios durante a fase de integração, mas ainda assim é esperado que o fluxo de caixa livre para os acionistas (FCFE) atinja níveis atraentes nos próximos anos.

Salto no rendimento da 3R

Em 2024, o Itaú BBA projeta que a 3R Petroleum negociará com um rendimento de 3% no FCFE, mas esse valor deve saltar para um expressivo 29% em 2025, segundo o cenário-base do banco. Mesmo em um cenário em que a produção fique 10% abaixo das estimativas de 1P, os analistas calculam um rendimento de 23% no FCFE para 2025, o que permitiria à 3R reduzir seus custos com dívida ao mesmo tempo em que distribui dividendos.


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