O time de análise do BB Investimentos retirou as ações da Weg (WEGE3) e inseriu as da B3 (B3SA3) na carteira recomendada de setembro, mostra um relatório enviado a clientes.
Segundo os analistas Victor Penna e Wesley Bernabé a dona da bolsa brasileira apresentou resiliência em seus últimos resultados, com uma estrutura diversificada e evolução de margens, mesmo com volume de negócios abaixo dos níveis históricos.
“Os primeiros meses do trimestre atual registraram saldos positivos de fluxo de capital estrangeiro, indicando uma inflexão em relação ao movimento observado em todos os meses do primeiro semestre, sugerindo maior interesse de investidores estrangeiros por ativos domésticos”, pontuam.
Para eles, esse movimento, aliado à possibilidade de aumento da diferença em relação aos juros americanos, desenvolve um cenário favorável aos segmentos de atuação da companhia.
De volta aos fundamentos?
Para o BB, o ciclo de alta iniciado na segunda quinzena de junho consolidou um retorno do Ibovespa (IBOV) de aproximadamente 14% em pouco mais de dois meses.
“Natural que os investidores considerem como prioridade realizar parte desses lucros, partindo da premissa de que possa haver um esgotamento do ímpeto da bolsa nas próximas semanas. Esse não é nosso cenário base”, explicam Penna e Bernabé.
Eles entendem que o último quadrimestre reúne condições para que o índice siga sua trajetória de alta, amparado pela conjuntura externa que tem permitido a migração de capital para os emergentes, bem como pelos fundamentos das empresas, que sustentam um cenário otimista, em nossa visão.
“Há um conjunto de fatores que convergem com uma visão mais construtiva para a recuperação do mercado acionário no Brasil, começando pela percepção de desconto ampliada pela recente desvalorização cambial, a visão de que os valuations, nesse contexto, tornam-se mais atrativos, o processo de revisão de lucros das companhias, que seguiu positivo ao término da temporada de resultados do 2° tri, além de uma percepção de recuo gradual do custo de capital e aumento das expectativas sobre a proximidade do início do ciclo de corte de juros nos EUA”, opinam.