Volátil, o dólar (USDBRL) passou a cair no mercado à vista na manhã desta terça-feira, 3, na esteira da leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que cresceu 1,40% no segundo trimestre na margem, perto do teto das projeções do mercado (1,60%).
Pouco antes do fechamento deste texto, a moeda norte-americana renovou a mínima intradia, a R$ 5,5771 no mercado à vista, após abrir em alta e subir até R$ 5,6396 (+0,44%) em meio à cautela em Nova York na volta do feriado nos EUA.
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Quedas acentuadas do petróleo e minério de ferro por preocupações com a economia da China pesaram também na alta de mais cedo.
Com o resultado do PIB do segundo trimestre, que cresceu 1,4%, o governo “muito provavelmente” irá reestimar a previsão de crescimento da economia brasileira para 2024, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Em sua avaliação, a alta da atividade neste ano deve “superar 2,7%, 2,8%”. A última previsão feita pela Secretaria de Política Econômica da pasta, em julho, manteve a estimativa em 2,5%. Neste mês, a SPE publicará sua grade de parâmetros atualizada.
Segundo Haddad, a revisão da projeção do PIB para este ano pode inclusive ensejar uma reprojeção das receitas para o próximo ano. Para 2025, a previsão da Fazenda é de que o PIB cresça 2,64%.
O diretor da corretora Correparti Jefferson Rugik avalia que o PIB brasileiro do segundo trimestre corrobora a hipótese de um aumento da taxa Selic na reunião do Copom deste mês, o que deve melhorar a arbitragem com o real e pode atrair investidores estrangeiros diante de possível corte do juro americano também no próximo dia 18. “Essa perspectiva estimula uma realização de lucros no mercado.”
Além disso, segundo Rugik, o Banco Central injetou US$ 3 bilhões em recursos novos no sistema nos últimos dois dias e deve ter melhorado a liquidez no mercado cambial. Há vendas de exportadores no mercado à vista dentro da normalidade diária, comenta.
Em relação ao PIB, na comparação com o segundo trimestre de 2023, foi registrada alta de 3,3%, resultado que ficou acima da mediana das estimativas do mercado (2,6%).
As previsões iam de 1,4% a 4,0%. Ainda segundo o instituto, o PIB do segundo trimestre de 2024 totalizou R$ 2,888 trilhões.
No exterior, os investidores aguardam duas leituras do índice de gerentes de compras (PMI) industrial americano em agosto medidas pela S&P Global (10h45) e pelo instituto ISM (11h).
Às 10h17, o dólar à vista perdia 0,26%, a R$ 5,6001. O dólar para outubro cedia 0,29%, a R$ 5,6160.
(Com Estadão Conteúdo)