Esta segunda-feira (9) começa com viés positivo nas bolsas de valores, mas apesar da melhora no apetite por risco, o dólar opera em alta, mostrando que a cautela segue entre os investidores, que aguardam eventos políticos e econômicos nesta semana.
No exterior, o dólar acelerou alta ante rivais na última hora, à medida que o mercado consolida a aposta de que o Federal Reserve abrirá o ciclo de relaxamento monetário com um corte de 25 pontos-base nos juros na semana que vem.
O BBH vê espaço para ainda mais fortalecimento da divisa americana à frente, uma vez que a precificação para o ciclo de alívio do Fed parece exagerada, na visão do banco de investimentos.
No entanto, a instituição avalia que os próximos dados precisam vir firmes para sacramentar a força da moeda dos EUA. “Os dados de inflação desta semana ganham grande importância”, explica a instituição, em referência ao índice de preços ao consumidor (CPI), que será divulgado na quarta-feira.
No Brasil, o dólar ensaiou uma queda nos primeiros instantes de negociação, mas logo consolidou a tendência de alta ante o real, em linha com a tendência externa.
Neste início de dia, o destaque interno fica por conta do relatório Focus, que trouxe uma correção na expectativa do mercado para a taxa Selic ao final deste ano, passando de 10,50% na semana passada para 11,25% na edição desta segunda – em sintonia com o projetado na curva de juros futuros.
Para 2025, a projeção para a Selic subiu de 10% para 10,25%. Para o dólar, o Focus mostrou pequena elevação na cotação para o final de 2024, de R$ 5,33 para R$ 5,35. Para 2025, o mercado manteve a projeção em R$ 5,30.
Às 9h25 desta segunda-feira, o dólar à vista era cotado a R$ 5,6267, em alta de 0,65%. O dólar futuro para outubro avançava 0,43%, para R$ 5,6400. O DXY, que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis moedas fortes, tinha alta de 0,44%.