O índice de sentimento do consumidor nos Estados Unidos, elaborado pela Universidade de Michigan, subiu de 67,9 em agosto para 69,0 em setembro, segundo levantamento preliminar divulgado pela instituição nesta sexta-feira, 13.
O resultado ficou acima da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam o índice a 68,2 neste mês.
A pesquisa também mostrou que as expectativas de inflação em 12 meses caiu de 2,8% em agosto para em 2,7% em setembro.
Para o horizonte de cinco anos, a previsão de inflação aumentou, de 3,0% para 3,1%.
Sentimento maior desde maio
O sentimento do consumidor atingiu sua maior leitura desde maio de 2024, aumentando pelo segundo mês consecutivo e subindo cerca de 2% acima de agosto. O ganho foi liderado por uma melhora nas condições de compra de bens duráveis, impulsionada por preços mais favoráveis conforme percebido pelos consumidores. As expectativas para o ano que vem para as finanças pessoais e a economia também melhoraram, apesar de um enfraquecimento modesto nas visões dos mercados de trabalho.
O sentimento está agora cerca de 40% acima de sua baixa de junho de 2022, embora os consumidores permaneçam cautelosos, pois a eleição iminente continua a gerar incerteza substancial. Uma parcela crescente de republicanos e democratas agora antecipa uma vitória de Harris.
“Consistente com suas visões divergentes sobre as implicações de uma presidência de Harris para a economia, as lacunas partidárias no sentimento aumentaram gradualmente. Observe que as entrevistas para este lançamento foram concluídas antes do debate de terça-feira; uma visão mais abrangente das expectativas eleitorais será divulgada na próxima semana”, explica a diretora Joanne Hsu.
As expectativas de inflação para o ano que vem caíram pelo quarto mês consecutivo, chegando a 2,7%. A leitura atual é a mais baixa desde dezembro de 2020 e está bem dentro da faixa de 2,3-3,0% vista nos dois anos anteriores à pandemia.
As expectativas de inflação de longo prazo foram pouco alteradas, subindo de 3,0% no mês passado para 3,1% neste mês. As expectativas de inflação de longo prazo permanecem modestamente elevadas em relação à faixa de leituras vistas nos dois anos pré-pandemia.
(Com Estadão Conteúdo)