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Azul: Por que as ações estão disparando quase 20%?

Renegociação com credores afasta o risco de diluição das ações em circulação, que é uma das principais preocupações dos investidores

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Azul

As ações da Azul (AZUL4) decolam quase 20% nesta sexta-feira (13) após uma notícia da Reuters indicar que a companhia aérea avançou em um possível novo acordo com os arrendadores.

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Este é um desenvolvimento em relação ao acordo fechado em 2023, quando a Azul renegociou uma parcela significativa de suas obrigações com os arrendadores por meio da emissão de um instrumento patrimonial no valor de US$ 570 milhões.

O contrato previa que o valor seria recebido por meio da emissão de ações a um preço de R$ 36, contra R$ 4,47 atualmente.

De acordo com o artigo da Reuters, em vez de emitir todas as ações necessárias para atingir os US$ 570 milhões, o que levaria a uma diluição significativa para os acionistas atuais, a companhia aérea está supostamente negociando com os arrendadores para que eles recebam uma participação acionária de 20% em troca do “instrumento patrimonial de US$ 570 mi”.

Isso implicaria, portanto, um valor patrimonial potencial de aproximadamente US$ 2,9 bilhões para 100% da Azul, contra US$ 250 milhões atualmente.

Além disso, também conforme o artigo, tal renegociação com os arrendadores também poderia abrir espaço para a Azul emitir novas dívidas, o que poderia aliviar as preocupações dos investidores sobre liquidez em vista dos vencimentos de dívidas nos próximos trimestres.

“Embora não tenhamos nenhuma opinião sobre a probabilidade de quaisquer negociações, se os ajustes de estrutura de capital relatados fossem anunciados, isso poderia permitir uma reclassificação das ações (o risco potencial de diluição do instrumento de capital de USD 570 milhões em circulação é uma das principais preocupações sobre as ações, de acordo com nossas conversas recentes com investidores, juntamente com preocupações de liquidez de curto prazo)”, explicam os analistas do Goldman Sachs Bruno Amorim e Joao Frizo.

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Encontro com Haddad

Vale ressaltar também que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recebeu, às 15 horas (de Brasília) o CEO da Azul, John Rodgerson.

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