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Mercado subestima a Cosan, diz BTG; ação tem potencial de 71%

Apesar da complexidade do grupo e de sua estrutura alavancada, a Cosan tem demonstrado habilidade em navegar por ciclos econômicos adversos

por Gustavo Kahil
3 min leitura
A Moove, da Cosan, tem a licença para produzir e distribuir lubrificantes Mobil para todo o território brasileiro

O BTG Pactual recomendou a compra das ações da Cosan (CSAN3), citando um grande potencial de valorização da companhia, apesar de seus desafios recentes, mostra um relatório enviado aos clientes nesta quarta-feira (18).

A indicação foi assinada pelos analistas Thiago Duarte, Pedro Soares e Henrique Pérez, que destacaram o elevado desconto de 32% das ações em relação ao valor dos ativos da empresa, o que consideram uma oportunidade atrativa para investidores.

O preço-alvo foi reduzido de R$ 30 para R$ 23, o que representa ainda um potencial de valorização de aproximadamente 72%.

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A Cosan, uma das maiores holdings do setor de energia e infraestrutura no Brasil, passou por um período de baixa performance nos últimos meses, refletindo a queda nas ações da Vale (VALE3) – que possui fatia de 4,9% -, resultados abaixo das expectativas da Raízen (RAIZ4) e um ambiente de juros altos.

Desde fevereiro, as ações acumulam uma queda de 31%, ficando abaixo do Ibovespa (IBOV). Ainda assim, o banco vê essa desvalorização como uma oportunidade, apontando que o mercado não está precificando corretamente a capacidade da Cosan de se adaptar e prosperar.

Cosan está mais flexível

Segundo o relatório, apesar da complexidade do grupo e de sua estrutura de capital alavancada, a Cosan tem demonstrado habilidade em navegar por ciclos econômicos adversos. O grupo concluiu uma extensa reestruturação de sua dívida, com a próxima amortização significativa programada apenas para 2027, o que oferece tempo e flexibilidade para a companhia avaliar oportunidades de rotação de portfólio e melhorar sua alocação de capital.

Os analistas acreditam que a empresa tem várias alternativas para reduzir sua alavancagem, incluindo a venda de ativos e até mesmo a possibilidade de realizar ofertas públicas iniciais (IPOs) de subsidiárias, como a Compass. Eles ressaltam que a gestão tem mostrado pragmatismo em suas decisões de alocação de capital, o que aumenta a confiança de que a empresa tomará medidas estratégicas para melhorar sua trajetória financeira.

Outro ponto positivo destacado pelo BTG é a diversificação dos negócios da Cosan, que possui participações em setores estratégicos, como energia, infraestrutura e agronegócio. Essa diversificação, segundo o relatório, é um dos principais fatores que ajudam a mitigar os riscos da companhia, tornando-a menos dependente de um único setor ou mercado.

Embora reconheçam que a desalavancagem orgânica possa levar mais tempo do que o inicialmente esperado, os analistas acreditam que o desconto elevado nas ações já reflete esses desafios. Eles veem o atual preço das ações como assimetricamente favorável, com um potencial de alta maior do que os riscos envolvidos.

No cenário macroeconômico, o BTG Pactual reconhece que o ambiente de juros altos tem impactado negativamente o custo da dívida da Cosan, especialmente devido à indexação à Selic. No entanto, à medida que as condições de mercado melhorarem e os dividendos das subsidiárias aumentarem, a expectativa é de que a situação financeira da Cosan se estabilize, oferecendo maior retorno aos acionistas.

Os analistas também apontam que a administração tem se mostrado proativa na busca por soluções para melhorar sua estrutura de capital. Isso inclui o recente esforço de reestruturação da dívida e o planejamento de novas iniciativas de geração de caixa, o que dá confiança de que a empresa está no caminho certo para lidar com seus desafios financeiros.

Além disso, o relatório sugere que o mercado subestima a capacidade da Cosan de se reinventar e criar valor em meio a condições adversas. Para o BTG, a empresa tem um histórico comprovado de sucesso em momentos desafiadores, o que torna a recomendação de compra ainda mais sólida.

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