A Guide Investimentos realizou duas mudanças em sua carteira recomendada semanal de ações, em um período com a apresentação da ata da última reunião do Copom, quando a Selic foi elevada de 25 pontos-base, para 10,75% ao ano.
“As taxas de juros no Brasil aumentaram sensivelmente após a decisão do Copom, o que teve impacto negativo no mercado de ações”, apontam os analistas Fernando Siqueira e Mateus Haag.
Segundo eles, a ata pode reduzir um pouco o stress na curva de juros.
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“Além disso, temos divulgação do IPCA-15 e relatório trimestral de inflação (RTI) no Brasil, que também devem ter impacto no mercado de juros e consequentemente na bolsa. No exterior, a agenda é vazia”, ressaltam os analistas.
Trocas de ações na carteira
A Guide acredita que com a alta de juros no Brasil sendo “revista” pelos investidores (de um ciclo curto para um ciclo maior), ações mais endividadas e cíclicas devem continuar sofrendo no curto prazo.
A primeira a ser retirada foi a Ecorodovias (ECOR3). Segundo os analistas da corretora, a empresa vem apresentando bons resultados, mas o endividamento elevado é sempre apontado como um risco pelos investidores.
A segunda a ser retirada foi o BTG (BPAC11) por também ser sensível aos juros, principalmente pelas expectativas sobre o mercado de capitais, que depende de juros baixos para evoluir.
A primeira inclusão foi a Vivo (VIVT3), que vem apresentando bons resultados, é pouco cíclica, pouco endividada e por isso uma ação mais defensiva
Já a entrada da Marcopolo (POMO4) vem por ela possuir uma dívida baixa, exporta parte da produção e vem apresentando resultados muito fortes no curto prazo, o que deve evitar uma correção forte na ação mesmo com a alta dos juros.
As outras ações presentes no portfólio da Guide são BRF (BRFS3), Rede D’Or (RDOR3) e Vibra (VBBR3).