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“Vovozinho, que nada!” Saiba como atender o público 60+

É necessário fazer um aplicativo o mais amigável possível, com poucos cliques, sem complicação, com fontes de fácil leitura e tamanhos maiores

por Agência Sebrae
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(Imagem: Freepik/@freepik)

Em pouco mais de duas décadas, a quantidade de idosos no país dobrou. Saiu de 15,2 milhões, em 2000, para 33 milhões, em 2023.

De acordo com a projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2070, mais de um terço da população nacional será de pessoas acima dos 60 anos (37,8%).

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O Sebrae está atento a esse movimento da sociedade e, por isso, orienta os pequenos negócios e os futuros empreendedores sobre a economia da longevidade, ou economia prateada, como é chamado o nicho voltado para pessoas nessa faixa etária.

A população está envelhecendo e, se o empreendedor não se adaptar, treinar os funcionários para terem mais paciência, para serem mais amigáveis, ou até oferecerem uma cadeira para o idoso, pode perder o cliente, Flávio Barros, analista de Competitividade do Sebrae.

“Ele quer atenção. A experiência do idoso deve ser espetacular para que ele se fidelize, volte e traga mais clientes”, completa.

Flávio Barros também ressalta a questão do e-commerce, que também deve estar adaptado a esse público.

De acordo com a pesquisa “Diversa idade”, realizada pela Globo, os brasileiros acima de 50 anos estão consumindo mais produtos on-line – 92% das pessoas nessa faixa etária acessam a internet e sete em cada dez compram utilizando canais digitais ao menos uma vez no mês. 

“É necessário fazer um aplicativo o mais amigável possível, com poucos cliques, sem complicação, com fontes de fácil leitura e tamanhos maiores. É muito comum os empreendedores abrirem negócios on-line somente para o jovem e se esquecerem dessa parcela considerável de consumidores”, lembra.

Experiência

Rita Lingarai começou sua trajetória com empreendedora no ramo da educação física ainda na década de 1990, com aulas para pessoas acima dos 50 anos, em Porto Alegre (RS). Na sequência, especializou-se em gerontologia social, área onde conheceu outras pessoas que atuavam com o mesmo público.

A partir de um passeio realizado com os alunos, começou a mudança na trajetória dela – que passou a ofertar pacotes de turismo aliados à prática de esportes. Jalapão (TO), cidades históricas de Minas Gerais, Florianópolis (SC) e Cartagena, na Colômbia, são alguns dos destinos que os clientes idosos da Rita Lingarai já conheceram.

“Dentro da minha experiência, a faixa etária com a qual eu mais me identifiquei foi com a de adultos maduros e idosos. A partir daí, a oportunidade de virar um negócio foi automática”, relata a CEO da empresa AF&TUR 50+, Rita Lingarai.

Se o empreendedor não tiver um amor genuíno por essa faixa etária, se não entender o processo de envelhecimento na sua globalidade, o negócio não se sustenta. Trabalhar com terceira idade não pode ser oportunismo. As pessoas precisam gostar de idosos e ter muito respeito, Rita Lingarai, empreendedora.

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Orientações

O CEO da Koala Hub – startup que atua no empreendedorismo dedicado ao mercado da Longevidade –, Guilherme Menezes, preparou três dicas fundamentais para estar preparado para atrair o público formado por pessoas acima dos 60 anos.

1) Atendimento

Atender uma pessoa acima de 60 anos não pode ser da mesma forma que atender uma pessoa jovem. É necessário um atendimento especial. “A velocidade da informação, a forma rápida como a gente conversa, querendo atender logo, ou já partir para um próximo cliente, não é possível com esse público 60+. É muito complexo, porque a velocidade de processamento e tomada de decisão de uma pessoa com mais de 60 anos é diferente”, destaca.

2) Comunicação

É necessário que o público sênior se enxergue em suas ações de marketing. “Não adianta querer atender o público com mais de 60 anos se todos os cards da rede social estão direcionados para o público jovem. Se ele não se enxerga na comunicação, como que ele vai se enxergar como cliente da empresa?”, aponta.

3) Respeito

É necessário atendê-lo sem o olhar do “vovô ou da vovó”. “Isso realmente incomoda esse público”, afirma. “O cliente com mais de 60 anos ele é muito mais fiel do que um consumidor jovem. Isso é importante também para o empreendedor, afinal, fidelizar cliente é uma garantia e um diferencial no mercado”, acrescenta.

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