A Coreia do Norte enviou cerca de 10.000 soldados à Rússia para treinar e lutar na Ucrânia “nas próximas semanas”, informou o Pentágono nesta segunda-feira, 28, em uma ação que, segundo os líderes ocidentais, intensificará a guerra de quase três anos e abalará as relações na região do Indo-Pacífico.
Alguns dos soldados norte-coreanos já se aproximaram da Ucrânia, disse a porta-voz do Pentágono, Sabrina Singh, e acredita-se que estejam se dirigindo para a região da fronteira de Kursk, onde a Rússia tem lutado para repelir uma incursão ucraniana.
Otan
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Mark Rutte, confirmou os recentes relatórios da inteligência ucraniana de que algumas unidades militares norte-coreanas já estavam na região de Kursk.
“O aprofundamento da cooperação militar entre a Rússia e a Coreia do Norte é uma ameaça tanto à segurança Indo-Pacífica quanto Euro-Atlântica. Ela mina a paz na Península Coreana e alimenta a guerra russa contra a Ucrânia. Pyongyang já forneceu à Rússia milhões de cartuchos de munição e mísseis balísticos que estão alimentando um grande conflito no coração da Europa e minando a paz e a segurança globais. Em troca, [o presidente] Putin está fornecendo à Coreia do Norte tecnologia militar e outro suporte para contornar sanções internacionais”, disse o Secretário-Geral da OTAN, Mark Rutte.
O acréscimo de milhares de soldados norte-coreanos ao conflito aumentará a pressão sobre o exército cansado e sobrecarregado da Ucrânia. Isso também deve escalar as tensões geopolíticas na Península Coreana e na região mais ampla do Indo-Pacífico, incluindo o Japão e a Austrália, segundo autoridades ocidentais.