A população do Rio de Janeiro enfrentará um cenário diferente durante o “superferiado” de 15 a 20 de novembro, período que abrange o G20 Social e a Cúpula de Líderes do G20. A partir do dia 14 de novembro, as ruas da cidade começarão a sentir os efeitos das restrições e do esquema especial de segurança montado para o evento, como anunciou o prefeito Eduardo Paes em coletiva nesta quinta-feira (31).
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Ao longo da semana do G20, o Rio não terá apenas os tradicionais feriados da Proclamação da República (15) e da Consciência Negra (20). Haverá também feriados adicionais nos dias 18 e 19 de novembro, período de maior movimentação das delegações, com líderes de mais de 50 países e organismos internacionais se reunindo na cidade.
“Os cariocas estão acostumados com a realização de grandes eventos internacionais, mas é importante alertar que a partir do dia 14 de novembro já teremos coisas acontecendo na nossa cidade”, comentou Paes, enfatizando que as atividades preparatórias e a movimentação nas ruas exigirão planejamento dos moradores.
A principal mudança na rotina do Rio será observada na região da orla e no Aterro do Flamengo, onde não haverá o fechamento das pistas para lazer entre os dias 15 e 20 de novembro. Os feriados adicionais não afetam certos setores essenciais, como comércio de rua, bares e restaurantes, padarias, hotéis, shoppings, pontos turísticos, saúde e segurança, que continuarão operando normalmente.
G20 Social
A programação do “superferiado” inicia-se com o G20 Social, um encontro de líderes da sociedade civil, além do Festival da Aliança Global e do U20, encontro mundial de prefeitos. Esses eventos, realizados na região entre a Praça Mauá e o Boulevard Olímpico, estarão abertos ao público, mas o acesso será controlado e limitado a três entradas específicas, com segurança reforçada. Não será exigido credenciamento, porém a Prefeitura recomenda o uso do VLT, devido ao fechamento de algumas estações próximas, para que o público evite congestionamentos e tenha acesso facilitado.
A previsão é que o G20 Social atraia cerca de 40 mil pessoas por dia para a zona portuária, com o auge dos debates, concentrados no Espaço Kobra, reunindo representantes de organizações civis até o dia 16. O Festival da Aliança Global também movimentará a área com shows gratuitos de grandes artistas brasileiros, incluindo Ney Matogrosso, Zeca Pagodinho e Maria Rita, das 18h às 0h.
Cúpula de líderes
O ponto alto do evento será a Cúpula de Líderes, que ocorrerá no Museu de Arte Moderna (MAM). De acordo com a Prefeitura, cada uma das 55 delegações internacionais se deslocará em média com seis veículos e batedores, o que deve impactar significativamente o tráfego nas principais vias de acesso, como a Linha Vermelha, Avenida Brasil e Linha Amarela. “A gente pede que as pessoas evitem essas rotas a partir do domingo, dia 17 de novembro, quando boa parte das delegações chega ao Aeroporto Internacional do Galeão”, alertou o prefeito.
Nos dias 18 e 19 de novembro, o fluxo de delegações entre hotéis e o MAM afetará a mobilidade em bairros da zona sul e Barra da Tijuca, principalmente na orla de São Conrado, Leblon, Ipanema, Copacabana, Botafogo e Flamengo. O Aterro do Flamengo estará bloqueado ao trânsito comum, e apenas as passagens subterrâneas serão acessíveis para pedestres, enquanto as passarelas permanecerão fechadas.
Mudanças no aeroporto
Dada a proximidade do Aeroporto Santos Dumont com o MAM, o prefeito também sugeriu a transferência dos voos do aeroporto para o Galeão nos dias 18 e 19, medida ainda em fase de confirmação pelas autoridades federais. Paes destacou que essa mudança reduziria o impacto no tráfego e garantiria maior segurança para as autoridades estrangeiras.
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Além disso, o prefeito demonstrou confiança na decretação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), medida que permitirá a atuação das Forças Armadas na cidade durante o período de eventos, reforçando o esquema de segurança já montado em cooperação com o governo do estado.
Legado
Como parte dos preparativos, a Prefeitura do Rio realizou uma extensa revitalização no MAM e seus arredores, entregando oficialmente o espaço ao governo federal nesta quarta-feira (30). O projeto, com investimento de R$ 32 milhões, incluiu reformas internas no museu e na área externa do Parque do Flamengo, além de melhorias no paisagismo, supervisionadas pelo escritório de Roberto Burle Marx. A revitalização representa a maior intervenção na região nos últimos 25 anos, e o prefeito ressaltou que esse legado “reforça a imagem do Rio como uma cidade inspiradora para as tomadas de decisão”.
Entre as principais reformas, destaca-se a modernização do Bloco de Exposições, do sistema elétrico e hidráulico, além da instalação de nova iluminação externa. O Bloco Escola, histórico centro de educação e pesquisa em arte, também foi reformado e deve retomar atividades em 2025, integrando um programa educativo. A Cinemateca do MAM, com novo projetor e sistema de som, reforçará o papel cultural do museu, que abrigará mais de 16 mil obras em exibição permanente.
A área ao redor do MAM também passou por mudanças estruturais, incluindo a instalação de luminárias de LED, recuperação do mobiliário urbano e das calçadas de pedras portuguesas originais. As intervenções visam a segurança e a valorização do espaço público, e a criação de um boulevard exclusivo para pedestres e ciclistas próximo ao museu promete ser um ponto de destaque na integração entre o Aeroporto Santos Dumont e o Parque do Flamengo.
Outro legado do G20 é a recomposição dos jardins projetados por Burle Marx, que passaram por um mapeamento técnico para a restauração das plantas originais. No Jardim de Ondas e nos jardins aquáticos, foram implementadas melhorias, como a impermeabilização do lago e a recuperação dos chafarizes, valorizando a estética do projeto paisagístico. A revitalização do entorno do MAM será, assim, uma herança para os cariocas e visitantes, com reabertura do espaço prevista para janeiro de 2025, quando o museu e seus jardins oferecerão uma programação cultural gratuita e acessível.
(Com Agência Brasil e Prefeitura do Rio de Janeiro)