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Ibovespa: veja os 16 destaques de hoje; Hypera cai 8%

No encerramento de julho, o índice da B3, em dólar, estava em 22.572,06, um pouco acima do nível do mês anterior, e ainda muito descontado

por Redação Dinheirama
3 min leitura
Hypera, Ibovespa

O Ibovespa (IBOV) colheu nesta quinta-feira, 31, a terceira perda consecutiva, abaixo dos 130 mil pontos, tendo permanecido no negativo em nove das últimas 11 sessões, desde o último dia 17.

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A cautela para o anúncio de cortes de gastos prometidos pela equipe econômica e a proximidade da eleição presidencial norte-americana, no dia 5, na mesma semana em que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) e o Comitê de Política Monetária (Copom) voltam a deliberar sobre juros, tem mantido os investidores na defensiva – comportamento que se reflete também no câmbio e na curva de juros doméstica, que seguem em alta.

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Dessa forma, com dólar mais uma vez perto de R$ 5,80 na máxima do dia e a R$ 5,7811 (+0,31%) no fechamento, o Ibovespa cedeu 0,71%, aos 129.713,33 pontos, bem mais próximo à mínima (129.641,78) do que da máxima (130.797,86) da sessão, em que saiu de abertura aos 130.638,94 pontos.

O giro financeiro subiu nesta quinta-feira, a R$ 20,9 bilhões. Na semana, o Ibovespa passou nesta quinta-feira ao negativo (-0,14%), encerrando o mês de outubro acumulando perda de 1,60% no intervalo, após retração de 3,08% ao longo de setembro. No ano, cede agora 3,33%.

Assim, o Ibovespa se mantém em devolução parcial da alta de 6,54% em agosto, quando renovou máxima histórica no dia 28, no fechamento e no intradia, então na casa de 137 mil pontos.

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O desempenho negativo do bimestre setembro-outubro se contrapõe à série de avanços entre junho e agosto. Na máxima vista em 28 de agosto, o Ibovespa acumulava ganho de apenas 2,35% no ano, tendo em vista o patamar elevado de comparação, após ter fechado 2023 aos 134 mil pontos, com renovação de máxima histórica na penúltima sessão daquele ano.

Em dólar, o Ibovespa chegou ao fim de outubro a 22.437,48 pontos, mês em que a moeda americana acumulou alta de 6,13%.

Em 30 de setembro, o dólar à vista havia fechado em alta de 0,21%, a R$ 5,4474, mas teve retração de 3,33% ao longo do mês.

Combinando a variação nominal da moeda e da Bolsa em setembro, o Ibovespa em dólar chegou ao fim daquele mês a 24.198,04 pontos, um pouco acima do nível em que estava no fim de agosto, movido para cima pelo ajuste cambial no intervalo.

No fechamento de agosto, com o dólar de volta à casa de R$ 5,63, o Ibovespa, na moeda americana, marcava 24.135,58, refletindo a queda de 0,36% acumulada pela referência monetária no mês e avanço de mais de 6% para o índice da Bolsa brasileira.

No encerramento de julho, o índice da B3, em dólar, estava em 22.572,06, um pouco acima do nível do mês anterior, e ainda muito descontado.

“Na sessão de hoje, o Ibovespa foi perdendo força ao longo do dia, com o dólar dando continuidade ao movimento de alta, em patamar já bastante elevado, o que coloca pressão adicional nas expectativas de inflação”, diz Thiago Lourenço, operador de renda variável da Manchester Investimentos, destacando também que o setor financeiro se mostrou mais “pesado” na sessão, após a divulgação do balanço do Bradesco referente ao terceiro trimestre.

Ibovespa B3
(Imagem: Facebook/ B3)

“Os resultados que as empresas têm entregue são majoritariamente positivos, em linha ou em alguns casos um pouco acima do esperado. Mas, de maneira geral, o mercado tem mostrado pouco apetite para tomar ativo que não esteja surpreendendo bastante”, diz o operador. Ele menciona, em especial, os casos de Bradesco – com resultado que “não veio tão ruim” – e WEG – com “resultados satisfatórios”, mostrando “crescimento praticamente em todas as linhas” -, empresas que divulgaram balanços trimestrais nos últimos dias.

Além da expectativa para a próxima semana e da temporada de resultados corporativos no Brasil, os investidores seguem monitorando os dados econômicos dos Estados Unidos, às vésperas de nova reunião do Federal Reserve, nos dias 6 e 7.

“Com os atuais dados sobre despesas de consumo pessoal (PCE) amplamente alinhados com as expectativas, e o importantíssimo índice trimestral de custo de emprego (ECI) continuando a cair para níveis pré-pandemia, o argumento para um corte de 25 pontos-base na taxa de juros do Fed em novembro foi ainda mais fortalecido”, aponta em nota Greg Wilensky, chefe de renda fixa dos EUA e gerente de portfólio na Janus Henderson. “Embora os dados de inflação do último mês tenham sido um pouco maiores do que o Federal Reserve gostaria, essa diferença não é grande o suficiente para que o Fed precise recalibrar significativamente as expectativas.”

Na B3, as principais ações do Ibovespa operaram em baixa durante a maior parte da sessão, com destaque para perdas em Bradesco (BBDC3; BBDC4) ON (-3,41%) e PN (-4,39%), após os resultados trimestrais.

O discurso do Bradesco não mudou, mas o humor do mercado sim, o que explica a reação negativa ao balanço do banco no terceiro trimestre deste ano, reporta o jornalista Matheus Piovesana, do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Os números confirmaram a recuperação da rentabilidade, mas de modo gradual. Em um cenário de juros mais altos e incertezas quanto aos rumos da economia, a mensagem foi menos aceita que nos balanços anteriores.

O Bradesco teve lucro líquido recorrente de R$ 5,225 bilhões, alta de 13,1% em um ano e de 10,8% em um trimestre.

O resultado veio em linha com as expectativas do mercado, mas com composição diferente, em especial na combinação entre receitas com crédito e despesas com inadimplência.

Bradesco
(Imagem: Reprodução/André Torres)

A sessão também foi negativa para Santander (SANB11), em baixa de 2,68%, na mínima do dia no fechamento, e para Itaú (ITUB4) (-0,65%, também no piso no encerramento) e BB (BBAS3) (-0,15%).

Vale (VALE3) também encerrou o dia em baixa, de 0,66%, mas Petrobras (PETR3;PETR4) reagiu perto do fim, com a ON em alta de 0,46% e a PN, de 0,17%, no encerramento. Na ponta perdedora do Ibovespa nesta quinta-feira, Hypera (HYPE3) (-8,30%), CVC (CVCB3) (-5,09%), Pão de Açúcar (PCAR3) (-3,85%), MRV (MRVE3) (-3,49%) e Cogna (COGN3) (-3,42%), além das duas ações de Bradesco (BBDC3;BBDC4).

No lado oposto, BRF (BRFS3) (+2,86%), CSN Mineração (CMIN3) (+2,31%), Marfrig (MRFG3) (+1,82%) e Azzas (AZZA3)(+1,33%).

“Apesar de toda a expectativa para o rali de Natal na Bolsa, não consigo enxergar dessa forma, dado que temos praticamente contratados mais dois aumentos da Selic até o final do ano”, diz Anderson Silva, head da mesa de renda variável e sócio da GT Capital, referindo-se às reuniões do Copom programadas para a semana que vem e dezembro.

Ele menciona também a falta de “discernimento” entre “gasto e investimento” que tem sido reiterada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos momentos em que a equipe econômica mostra a necessidade de reavaliar despesas para que se cumpra a meta fiscal.

Olhando para fora, “a agenda da semana termina, amanhã, com o importante relatório oficial sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos, de outubro. E há expectativa crescente de que Donald Trump venha a vencer a eleição da próxima terça, o que traz um elemento a mais de volatilidade para os preços dos ativos”, diz Ramon Coser, especialista em renda variável da Valor Investimentos.

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(Com Estadão Conteúdo)

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