O BTG Pactual divulgou suas estimativas para os resultados do terceiro trimestre da Prio (PRIO3), que serão anunciados na terça-feira (5), após o fechamento dos mercados. Assinado pelos analistas Pedro Soares, Henrique Pérez e Thiago Duarte, o relatório destaca desafios para a companhia no período, com produção e preços de petróleo em baixa, mas também aponta para uma geração de caixa sólida, um fator positivo para investidores de longo prazo.
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A produção de petróleo da Prio registrou uma queda significativa de 22% no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior, atingindo uma média de 70 mil barris por dia (kb/d). Essa redução na produção, combinada com a queda nos preços das commodities, contribuiu para uma perspectiva de receita mais modesta para o período. Segundo o BTG, a Prio deve reportar uma receita líquida de US$ 475 milhões, o que representa uma queda de 32% em comparação ao segundo trimestre.
Com a menor produção, a Prio enfrenta uma alavancagem operacional desfavorável, o que deve resultar em um aumento nos custos de extração, estimados em US$ 9,8 por barril – um acréscimo de US$ 2,2 em relação ao trimestre anterior. Esse aumento nos custos, associado à queda de receita, deve pressionar o Ebitda ajustado (ex-IFRS16), estimado em US$ 326 milhões, uma redução de 40% em comparação com o segundo trimestre.
Lucro líquido
Apesar dos desafios de produção e preços, o BTG estima que a Prio reportará um lucro líquido de US$ 132 milhões. A geração de caixa livre para os acionistas (FCFE) é destacada como um ponto positivo, projetada em US$ 168 milhões, representando um rendimento de 2,9%, desconsiderando aquisições. Essa sólida geração de caixa demonstra que, mesmo em um cenário de desafios operacionais, os fundamentos da Prio continuam robustos.
Um fator que ainda mantém o entusiasmo dos investidores moderado é a espera pela aprovação de licenças ambientais para o desenvolvimento do campo de Wahoo, um projeto-chave para o crescimento da Prio. A obtenção dessas licenças é essencial para a expansão da produção e poderá impulsionar a confiança do mercado na empresa.
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Ponto de entrada
Para investidores de longo prazo, o BTG vê um ponto de entrada atraente nas ações da Prio, respaldado pelo programa de recompra de ações da companhia. Esse programa deve ser retomado após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre, fortalecendo ainda mais a perspectiva de valorização das ações no longo prazo.