Mesmo com problemas para fechar as contas do País, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nunca pediu o pagamento de dividendos à Petrobras (PETR3;PETR4), disse a presidente da estatal, Magda Chambriard, em entrevista à CNN Money.
Segundo ela, “pesa na decisão (de dividendos) os interesses dos nossos acionistas como um todo”.
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Às vésperas de divulgar o balanço referente ao terceiro trimestre do ano, na próxima quinta-feira, 7, quando também informa sobre o pagamento de dividendos referente ao período, Magda disse que no Estatuto da Petrobras existe a obrigação de distribuir 45% em proventos, mas não descartou pagar dividendos extraordinários.
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“Vamos aprovar um plano 2025-2029, se o caixa for suficiente, a gente não empilha dinheiro”, disse a presidente, ao ser perguntada sobre os dividendos extraordinários.
Ela ressaltou porém, “que está no nosso estatuto que nós temos que distribuir 45%, isso não pode ter dúvida.
O que for lucro, o que for fluxo de caixa livre, o que estiver dentro dos 45% e o que a gente não precisar reter para garantir investimentos serão distribuídos”, afirmou.
Preços abrasileirados
Chambriard também afirmou que, a partir das mudanças na política de preços da estatal, feita em maio do ano passado – após um pedido do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para serem “abrasileirados” -, a empresa conseguiu praticar um preço justo para a sociedade, e atualmente os valores dos combustíveis são inferiores aos praticados em janeiro de 2023.
“Nós estamos extremamente satisfeitos com a política de preços, que garante para a sociedade uma estabilidade desses preços. A gente evita transportar para a sociedade uma volatilidade indesejada e, ao mesmo tempo, nós nos remuneramos por esses combustíveis de forma bastante satisfatória”, disse ela, em sua primeira entrevista exclusiva para uma emissora de TV.
De acordo com Magda, as críticas sobre a nova estratégia de preços, de que não seria tão transparente quanto a política de preços de importação (PPI), abandonada pela companhia, vai persistir.
“Essa dúvida tem que persistir, porque ninguém conta para o concorrente como faz seu preço. Então, no mercado de combustíveis, a hora que descobrirem como eu faço meu preço, é a hora em que eu tenho que ser mandada embora. Isso é uma prerrogativa da companhia”, explicou Magda.
(Com Estadão Conteúdo)