Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda firme nesta segunda-feira, 11, à medida que o dólar amplia seus fortes ganhos da semana passada ainda favorecido pela vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos EUA.
O arrefecimento dos receios sobre o impacto do furacão Rafael na produção offshore dos EUA também nutre o recuo da commodity.
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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI (WTI) para dezembro fechou em queda de 3,32% (US$ 2,34), a US$ 68,04 o barril, enquanto o Brent (BRENT) para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve perdas de 2,76% (US$ 2,04), a US$ 71,83 o barril.
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Os futuros do petróleo também seguem pressionados pela diminuição dos riscos geopolíticos no Oriente Médio e preocupações com a economia chinesa, depois que o principal importador de petróleo não anunciou novas medidas de estímulo, bem como pela redução dos riscos de oferta nos EUA.
“Uma presidência de Trump é vista como relativamente mais ‘bearish’ negativa para os preços para os mercados de energia”, dizem os analistas do banco ING em uma nota. “No entanto, o principal risco para essa visão é se o futuro presidente optar por aplicar rigorosamente as sanções contra o Irã”, acrescenta o ING.
Apesar de algum apoio dos executivos do segmento de petróleo e gás após a vitória de Trump, o economista do setor Phil Verleger alerta que as tarifas agressivas podem fazer com que os preços da energia caiam drasticamente nos próximos dois anos ou mais.
Se Trump for bem-sucedido na adoção de tarifas de 60% sobre os produtos da China e de 10% a 50% sobre os produtos de todos os outros países, poderá haver consequências dramáticas em todas as commodities, diz Verleger.
(Com Estadão Conteúdo)