A Verde Asset, do gestor Luis Stuhlberger, revela que está decepcionada com o desempenho da Bolsa brasileira e mantém uma alocação mínima e cuidadosa e “focada nas melhores histórias-micro”.
A gestora ressalta, em várias das suas cartas dos seus fundos, que não tem visto notícias positivas que interrompessem a inércia negativa quanto ao cenário fiscal doméstico.
Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday
“Além disso, as incertezas em relação às eleições americanas contribuíram para a aversão a risco e aumento dos juros de
longo prazo”, ressalta um relatório.
O Verde cita o aumento relevante de 50 pontos-base dos Treasuries de 10 anos em outubro, o que até motivou a gestora a abrir uma pequena exposição ao Bitcoin como alternativa para compensar o “erro” nesta aposta.
Problemas fiscais
No Brasil, a falta de âncora fiscal e aceleração de alguns dados de inflação pioraram o quadro para os ativos, explica o Verde. Os juros longos renovaram a alta dos meses anteriores, com alta de 40 pontos-base, apesar do “patamar já estratosférico”.
“Entendemos que o juro alto continua a inibir a performance da bolsa brasileira”, ressalta a gestora de Stuhlberger.
Para o Verde, o governo, no campo fiscal, tem sistematicamente prometido mais do que é capaz de entregar. “A saga do pacote fiscal é apenas mais um exemplo desta crônica: ele é desidratado e adiado em público, sob o beneplácito do presidente”, mostra uma carta.
A gestora cita, ainda, os sinais preocupantes da inflação, tanto do lado de serviços quanto de alimentos (com alta significativa do preço das carnes), o que deve pressionar o Banco Central a altas mais significativas de juros.
“É um contexto pouco auspicioso para o país, e a dificuldade de tomar decisões duras que marca nosso presidencialismo se revela novamente”.
Histórias-micro
Apesar do desempenho ruim da renda variável, ainda não haveria oportunidades claras de compra.
“Na ausência de convicção sobre um direcionamento mais claro em relação às incertezas fiscais, mantemos alocação abaixo da neutra e focada nas melhores histórias-micro, reduzindo a exposição a small caps e cases mais arriscados”, pontua o Verde.
Veja todas as carteiras recomendadas para novembro
Eles ressaltam que as maiores contribuições positivas em outubro de 2024 vieram de Suzano (SUZB3) e Cury (CURY3), enquanto as piores de Prio (PRIO3) e Eletrobras (ELET3).
“Atualmente, nossas principais posições são: Sabesp (SBSP3), Suzano (SUZB3), BTG (BPAC11), Eletrobras (ELET3) e Energisa (ENGI11)”, revelam.
Além disso, o Verde também ressaltou que manteve uma alocação em NTN-Bs em um dos seus fundos.