As ações da Intelbras (INTB3) estão em um momento de entrada atraente e com um potencial de valorização de aproximadamente 70%, avalia a XP Investimentos em um relatório enviado a clientes neste domingo (17). O analista Bernardo Guttmann calculou um preço-alvo de R$ 28 para 2025, ante os R$ 29 anteriores. A recomendação é de compra.
“Vemos uma inflexão positiva na lucratividade nos próximos trimestres, impulsionada por ajustes de preço e mix e pelo foco da empresa no retorno. Em nossa opinião, a tese de crescimento estrutural permanece intacta”, aponta Guttmann na avaliação produzida após o balanço do terceiro trimestre de 2024.
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Segundo Guttmann, as margens estão sob pressão devido a fatores temporários.
“Além disso, vemos a Intelbras alcançando um EPS (Lucro Por Ação) CAGR (Taxa de Crescimento Anual Composta) de dois dígitos em 2025-28 com um balanço patrimonial sólido e negociando a um atraente P/E25 de 8 vezes”, explica o analista, que agora coloca a ação como a nova top pick na cobertura de tecnologia no Brasil.
Revisão sobre o balanço
Para a XP, a Intelbras conseguiu marcar um sólido crescimento da receita, enquanto as margens foram pressionadas por variações cambiais e custos logísticos mais altos.
“A preocupação do mercado com as margens brutas e sua trajetória futura explica em parte a recente venda após a divulgação do 3º trimestre. Entretanto, acreditamos que essa preocupação é injustificada, uma vez que a margem consolidada foi de 29,3%, apenas 0,8 p.p. abaixo da média dos últimos 15 trimestres e menos de um desvio padrão”, descreve o analista.
Ele entende que esses fatores são conjunturais e ressalta que a Intelbras está trabalhando em alavancas de preço e mix, com foco no retorno sobre o capital de cada segmento – fatores que devem melhorar a rentabilidade.
Em resumo, a XP lista quatro motivos para a comprar a Intelbras:
1 – Crescimento de dois dígitos do LPA nos próximos anos,
2 – Balanço patrimonial sólido (a empresa tem caixa líquido);
3 – Recuperação das margens nos próximos trimestres e
4 – Preço da ação que oferece baixo risco de queda (8 vezes P/L para 2025), com opcionalidade de reavaliação, pois acreditamos que ela poderia ser negociada a mais de 10x P/L, o que implica uma TIR (Taxa Interna de Retorno) de mais de 30% em um período de 3 anos.