O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve nesta quinta-feira, 21, a validade da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A medida foi tomada após Cid depor, diante de Moraes, por três horas, sobre ‘contradições e omissões’ identificadas pela Polícia Federal na colaboração do militar.
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A avaliação de Moraes é a de que Cid esclareceu as divergências. As informações prestadas pelo delator seguem “sob apuração” da Polícia Federal.
A informação também foi confirmada pelo advogado Cezar Roberto Bittencourt, que representa o delator.
Ele afirmou ao Estadão que a audiência é um “procedimento normal” e alegou que a oitiva “não tem relação” com mensagens que Mauro Cid supostamente apagou de seu celular.
Enquanto Cid prestava depoimento, a Polícia Federal divulgou a conclusão do inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado gestada no governo Jair Bolsonaro.
A corporação indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro da Defesa, general Braga Netto, o ex-chefe do GSI general Augusto Heleno, o presidente do PL Valdemar Costa Neto e mais 33 investigados nas Operações Tempus Veritatis e Contragolpe.
A PF atribui ao ex-chefe do Executivo, militares de alta patente e aliados os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
Cid inclusive está na lista de indiciados deste e dos outros dois inquéritos em que Bolsonaro foi enquadrado – o das joias sauditas e o da fraude na carteira de vacinação.