As mulheres empreendedoras têm conquistado seu espaço no mercado e reduzido a diferença para os homens no mundo dos negócios.
Um levantamento feito pelo Sebrae a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) mostra que, no período entre 2019 e 2023, o rendimento das mulheres à frente de uma empresa cresceu 5,7% contra 4,5% dos homens, reduzindo a desigualdade de rendimento entre esses dois públicos de 32% para 30%.
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Enquanto os homens, no quarto trimestre de 2023 tinham uma remuneração média de R$ 3.432, as mulheres ganhavam R$ 2.634.
A diretora de Administração e Finanças do Sebrae, Margarete Coelho, diz que o empreendedorismo feminino no Brasil avançou nos últimos anos, mas as disparidades ainda são enormes e exigem a implementação de políticas públicas que acelerem a abertura de novos espaços, reduzam os obstáculos e permitam uma competição mais equilibrada entre homens e mulheres.
As empreendedoras precisam encarar barreiras culturais, resultado da cultura machista entre nós, e entraves que impedem o desenvolvimento dos seus negócios, diz Margarete Coelho, diretora de Administração e Finanças do Sebrae.
“É o caso, por exemplo, das taxas de juros para as empresas lideradas por mulheres, que são, em média, quatro pontos percentuais mais elevadas que aquelas praticadas para negócios que têm homens na liderança”, acrescenta.
A pesquisa do Sebrae também mostra que, no período analisado, o rendimento médio real dos donos de negócios com nível superior caiu 8,1%, enquanto cresceram os rendimentos dos sem instrução (29,1%), fundamental (6,1%) e médio (6,4%).
Ainda assim, os empreendedores com formação universitária ganhavam 6,1 vezes a mais que os sem instrução.