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Juros disparam após IBC-Br mostrar força da economia

Número consolida a visão de início forte do quarto trimestre de 2024, principalmente pelo consumo das famílias

por Redação Dinheirama
3 min leitura
Movimento no comércio de São Paulo na rua 25 de Março, PIB, IBC-Br

Os juros futuros avançam nesta sexta-feira, 13, com mais força até o miolo da curva, em meio a máximas dos rendimentos dos Treasuries. Além disso, o IBC-Br subiu 0,14% em outubro, na margem, superando a mediana das estimativas de analistas de estabilidade, o que é fator para pressionar as taxas mais curtas

O movimento se dá apesar do recuo do dólar ante o real. O dado vem após números mais robustos do varejo e serviços desta semana, o que corrobora a estratégia de altas mais agressivas da Selic em meio ainda ao risco fiscal.

Às 9h10 desta sexta, a taxa de depósito interfinceiro (DI) para janeiro de 2026 subia para 14,890%, de 14,664% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2027 avançava para 14,830%, de 14,713%, e o para janeiro de 2029 ia para 14,260%, de 14,203%.

IBC-Br

A economia brasileira cresceu 0,14% em outubro, na comparação com setembro, segundo a série com ajuste sazonal do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). O resultado foi maior do que a mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que indicava variação zero para o indicador. As estimativas iam de -0,40% a 0,74%.

“O número consolida a visão de início forte do quarto trimestre de 2024, principalmente pelo consumo das famílias, que segue aquecido pela elevação de renda do trabalho e um crédito ainda robusto, mesmo diante da elevação das taxas de juros. Os PMIs de novembro sugerem continuidade do momentum positivo, mas em menor intensidade”, explica Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura.

Segundo ele, os números levam a uma revisão da projeção para o PIB de 2024 de 3,2% para 3,5%. “O começo de 2025 deve ser bom também, a projeção de safra do IBGE está forte e vamos ter reajustes de salário mínimo, o que deve manter o consumo forte. Copom vai ter um trabalhão para segurar as expectativas”, opina.

O índice subiu de 154,2 para 154,4 pontos no período e atingiu o maior nível da série histórica. O BC revisou os resultados de setembro (0,84% para 0,88%), agosto (0,24% para 0,30%) e julho (-0,33% para -0,31%). Com isso, o crescimento do IBC-Br no terceiro trimestre ante o segundo foi revisto de 1,12% para 1,23%.

Índice de atividade do Banco Central

jan-24141,5148,5
fev-24145,7149,7
mar-24156,1149,4
abr-24155,6150,1
mai-24149,2150,8
jun-24150,9152,8
jul-24159,0152,4
ago-24156,9152,8
set-24153,0154,2
out-24156,0154,4
   
Variação %  
No mês (m/m-1) 0,1
No mês (m/m-12)7,3 
No trimestre (t/t-1) 1,2
No trimestre (t/t-4)5,4 
No ano3,7 
Em 12 meses3,4
Fonte: Banco Central

Na comparação com outubro de 2023, o IBC-Br cresceu 7,31% na série sem ajuste sazonal – mais próximo do teto (7,60%) do que da mediana (6,60%) da pesquisa Projeções Broadcast. O índice chegou aos 156,0 pontos, o quinto maior nível da série histórica, atrás apenas de julho, março e agosto de 2024 e de março de 2023.

Como de costume na divulgação de outubro, realizada após a publicação do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, houve revisões do IBC-Br na série sem ajuste. O crescimento do índice no terceiro trimestre, frente ao mesmo período de 2023, foi revisado de 4,70% para 4,84%.

(Com Estadão Conteúdo)

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