Em análise divulgada nesta sexta-feira (13), o Goldman Sachs destacou sua preferência pelas ações da Prio (PRIO3), com base em um valuation atrativo e forte potencial de crescimento, especialmente com o projeto Wahoo. Já as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) são vistas como sólidas, mas com limitações para reavaliação de valor no médio prazo.
O preço-alvo para a Prio foi estabelecido em R$ 61,90, um potencial de valorização de aproximadamente 55%. Enquanto isso, o preço-alvo para as ADRs da Petrobras (PBR) é de US$ 16,40, com upside de 14%.
O que diz a análise?
• Valuation atrativo da Prio com aquisição recente e Wahoo em destaque. A Prio deve registrar um Free Cash Flow yield (FCFy) de 24% em 2024, incorporando a recente aquisição de 40% do campo Peregrino. O crescimento é sustentado pelo projeto Wahoo, que deve iniciar produção em 2025, contribuindo com 10 mil barris por dia.
• Impacto do Brent nas empresas analisadas. Para cada aumento de US$ 5/barril no preço do Brent em 2025, o Goldman Sachs prevê impacto positivo de 3-6 pontos percentuais no FCFy das empresas. A Prio e a Petrobras são as menos sensíveis à variação de preços, segundo a análise.
• Cenário para Petrobras: dividendos atrativos, mas limitações de valorização. A Petrobras deve entregar um FCFy de 13% em 2024, além de um dividend yield de 13% (11% ordinários + 2% extraordinários). Apesar disso, o banco destaca riscos à reavaliação das ações devido à alta capacidade ociosa no mercado de petróleo.
• Riscos associados ao projeto Wahoo para a Prio. Um atraso no projeto Wahoo para 2026 reduziria o FCFy da Prio para 22% em 2024, mas o banco ainda considera o retorno atrativo. Caso o investimento em perfuração também seja postergado, o FCFy subiria para 27%.
• Perspectivas para o preço do Brent. O time de commodities do Goldman Sachs espera o Brent (UKOIL) oscilando entre USD 70-85/barril em 2024, com média de USD 76/barril. No curto prazo, sanções podem elevar os preços, mas riscos de médio prazo apontam para queda devido à alta capacidade ociosa e tarifas.
• Prio como destaque entre as empresas analisadas. O Goldman Sachs reafirma a recomendação de compra para ambas as empresas, mas vê na Prio um diferencial competitivo devido ao crescimento esperado e ao valuation robusto, enquanto a Petrobras apresenta dividendos consistentes, mas com menor potencial de valorização.