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Japão: Bolsa sobe 20% em 2024, maior alta desde a bolha de 1989

No último pregão de 2024, o Nikkei caiu 0,96% em Tóquio, a 39 894,54 pontos, pressionado por ações do setor automotivo e de tecnologia

por Redação Dinheirama
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Mercados Japão

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em baixa nesta segunda-feira, em um ambiente de liquidez restrita antes do feriado do ano-novo.

No último pregão de 2024, o Nikkei caiu 0,96% em Tóquio, a 39 894,54 pontos, pressionado por ações do setor automotivo e de tecnologia. Ao longo deste ano, porém, o índice japonês acumulou valorização de mais de 19%.

O índice de referência terminou em seu melhor nível de fim de ano de todos os tempos, superando a máxima anterior de 38.915,87 em 29 de dezembro de 1989, quando o Japão estava em uma bolha econômica.

Bolha no Japão

A bolha no mercado de ações do Japão foi um marco econômico que transformou o país. Alimentada pela especulação desenfreada e políticas monetárias expansionistas, a valorização dos ativos financeiros e imobiliários atingiu níveis insustentáveis. O índice Nikkei 225 ultrapassou os 38.000 pontos em dezembro de 1989, refletindo a exuberância do mercado.

No entanto, a bolha começou a estourar em 1990, quando o Banco do Japão elevou as taxas de juros para conter a inflação. Isso desencadeou uma queda abrupta nos preços dos ativos, levando a décadas de estagnação econômica, conhecida como “década perdida”.

Empresas e bancos ficaram sobrecarregados com dívidas, e o mercado nunca mais recuperou os níveis da bolha. Esse episódio tornou-se um exemplo clássico dos perigos do excesso de alavancagem e da especulação no mercado financeiro.

Bandeira da China
(Imagem: Freepik/ user6702303)

Coreia do Sul e China

Em Seul, o Kospi recuou 0,22%, a 2.399,49 pontos, também na última sessão do ano, em meio à crise política na Coreia do Sul e após o acidente aéreo mais grave do país em quase três décadas, que matou 179 pessoas e fez a ação da Jeju Air tombar 8,65% e atingir mínima histórica. Em 2024, o índice sul-coreano teve queda de 9,6%.

Em outras partes da região asiática, o Hang Seng cedeu 0,24% em Hong Kong, s 20.041,42 pontos, no penúltimo pregão do ano, em meio a preocupações sobre possíveis tarifas a produtos chineses no segundo governo do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, enquanto o Taiex perdeu 0,37% em Taiwan, s 23.190,20 pontos.

Na China continental, os mercados ficaram sem direção única, com investidores à espera de novos dados de atividade (PMIs) para avaliar a força da segunda maior economia do mundo. O Xangai Composto subiu 0,21%, a 3.407,33 pontos, mas o menos abrangente Shenzhen Composto caiu 0,32%, a 2.008,49 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho, à medida que o S&P/ASX 200 recuou 0,32% em Sydney, a 8.235,00 pontos, interrompendo uma sequência de três sessões de ganhos.

(Com Estadão Conteúdo)

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