O Bradesco BBI reafirmou sua recomendação de compra para as ações da Eneva (ENEV3), com preço-alvo de R$ 16, representando um potencial de valorização de 43%.
A análise aponta o impacto positivo do recente aumento de capital de R$ 3,2 bilhões e da aquisição de usinas térmicas, que ampliaram a capacidade instalada e reduziram a alavancagem da companhia.
Os analistas Francisco Navarrete e Ricardo França destacaram que, apesar do custo de capital mais elevado no Brasil, a Eneva segue oferecendo um retorno atrativo em relação aos títulos de longo prazo.
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Os analistas revisaram as projeções da Eneva para 2025, estimando Ebitda de R$ 6,4 bilhões, impulsionado pelos novos ativos e uma gestão eficiente do portfólio.
O lucro líquido esperado para o mesmo ano é de R$ 2,1 bilhões, superando as estimativas anteriores devido ao desempenho operacional robusto.
Além disso, a governança corporativa sólida da companhia é vista como um diferencial que sustenta sua estratégia de crescimento.
Veja o que o Bradesco BBI disse sobre a Eneva
• Aumento de capital e aquisição de usinas térmicas. O follow-on de R$ 3,2 bilhões financiou a compra de quatro usinas térmicas, adicionando 859 MW de capacidade. Segundo os analistas, “o acordo foi justo para a Eneva, resolvendo questões como alavancagem e disputas de governança”.
• Redução da alavancagem. A operação reduziu a alavancagem pro-forma de 3,9x para 2,0x no quarto trimestre de 2024, tornando a estrutura financeira mais robusta para os próximos anos.
• Perspectivas de EBITDA em 2025. A estimativa revisada para o Ebitda é de R$ 6,4 bilhões em 2025, um aumento significativo em relação às projeções anteriores, refletindo a integração dos novos ativos.
• Leilão de capacidade em 2025. A Eneva deve participar do leilão com as usinas Parnaíba 1 e 3, que possuem contratos vigentes até 2027. Os analistas apontam: “Esses ativos são altamente eficientes e têm acesso a gás barato, aumentando as chances de recontratação”.
• Expansão do projeto Azulão. O projeto de 950 MW está em andamento e deve contribuir com R$ 2,1 bilhões anuais em EBITDA após sua conclusão em 2027, consolidando o crescimento da companhia.
• Gás natural como diferencial. A entrada da Eneva no mercado de GNL em pequena escala traz oportunidades adicionais. “Os contratos já firmados com Vale, Suzano e Copergás somam 450 mil m³/dia”, destacaram os analistas.
• Crescimento sustentável. Apesar do alto investimento previsto até 2027, a empresa projeta fluxo de caixa livre de R$ 3,5 bilhões em 2028, permitindo o pagamento de dividendos ou novas alocações de capital.
• Retorno atrativo. A Eneva apresenta uma TIR real de 14,5%, com um spread de 6,8 pontos percentuais em relação aos títulos NTN-B de longo prazo, garantindo um retorno competitivo para investidores.