Home Comprar ou VenderAções Embraer planeja superar a Boeing e a Airbus (e todos querem isso)

Embraer planeja superar a Boeing e a Airbus (e todos querem isso)

Pesquisa revelou que 81% das companhias aéreas seriam "muito favoráveis" a um novo participante no mercado de aeronaves comerciais

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Embraer

Uma pesquisa global conduzida pela revista Aviation Week Network em parceria com o Bank of America revelou que grande parte dos operadores de aviação está ansiosa por jatos de passageiros de última geração e por maior concorrência no mercado de aeronaves comerciais.

O estudo, que ouviu 492 participantes, incluindo companhias aéreas, fabricantes e fornecedores, mostrou um apoio considerável à ideia de que a Embraer (EMBR3) liderasse esse movimento de forma independente, superando até mesmo uma possível parceria com a Boeing.

Ron Epstein, analista do Bank of America, destacou: “Os respondentes da pesquisa apoiam que a Embraer faça isso sozinha, ainda mais do que com a Boeing. Há um apetite real por um terceiro fabricante legítimo.” A pesquisa também revelou que 81% das companhias aéreas seriam “muito favoráveis” a um novo participante no mercado de aeronaves comerciais.

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No entanto, enquanto a Embraer avalia a viabilidade de entrar no mercado de narrowbodies (aeronaves de fuselagem estreita), a decisão final pode ser postergada para além de 2030, conforme sinalizou o CEO Francisco Gomes Neto. Analistas do Bradesco BBI observam que o projeto representaria um investimento de cerca de US$ 8 bilhões, mas poderia trazer retorno significativo, com impacto estimado de US$ 3,3 bilhões no valor presente líquido (VPL).

Veja os detalhes do projeto da Embraer

Apoio à Embraer como terceira força no mercado: A pesquisa revelou um forte desejo por mais concorrência no setor e amplo apoio à liderança da Embraer. “Há um apetite real por um terceiro fabricante legítimo,” afirmou Ron Epstein.

Potencial de valorização para a Embraer: O Bradesco BBI estima que o novo projeto de narrowbody poderia gerar uma taxa interna de retorno (TIR) de 20%, com receitas totais de quase US$ 27 bilhões, incluindo serviços.

Investimento significativo: O projeto demandaria um investimento de aproximadamente US$ 8 bilhões, com a possibilidade de financiamento por meio da venda de uma participação minoritária de 25%, reduzindo o capital necessário da Embraer para apenas 9%.

Concorrência limitada no mercado: Airbus e Boeing, dominantes no setor desde 1987, não planejam lançar novas aeronaves antes da metade da próxima década, abrindo espaço para um novo participante.

Apoio das companhias aéreas: Segundo a pesquisa, 71% dos participantes indicaram que escolheriam a oferta da Embraer se ela apresentasse uma aeronave competitiva.

Estratégias de financiamento: A experiência da Embraer com a Eve, combinada com compromissos de fornecedores e pedidos significativos, pode reduzir os riscos do projeto e facilitar a captação de recursos.

Cenário de mercado favorável: A demanda por narrowbodies está em alta, especialmente com a queda prevista na oferta de carne bovina nos EUA em 2025, beneficiando indiretamente o mercado de transporte aéreo.

Importância de alianças estratégicas: Richard Aboulafia, analista do setor, observou que um projeto dessa magnitude exigiria parcerias com fornecedores, financiadores e até governos.

Desafios de longo prazo: Apesar do potencial, a Embraer pode optar por um caminho mais cauteloso, desenvolvendo inicialmente um novo jato executivo antes de um modelo comercial maior.

Recomendação otimista do Bradesco BBI: A Embraer segue como uma das principais recomendações do banco para 2025, com preço-alvo de R$ 58, destacando sua capacidade de inovar e crescer no mercado global.

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