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Mercados em alerta: Efeito Davos e as falas de Trump [Fechamento de Mercado]

O presidente dos EUA agita investidores com demandas à OPEP, políticas de juros e otimismo sobre energia e inteligência artificial

por Redação Dinheirama
3 min leitura
Candidato a Presidência dos EUA Donald Trump

Hoje foi um dia marcado principalmente pelas declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Vamos começar com os giros globais.

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Mercado norte-americano

Trump está participando do Fórum Mundial de Davos, na Suíça, e fez declarações fortes que mexeram com os mercados. Ele demandou que a OPEP reduza os preços do petróleo, pediu a redução das taxas de juros nos Estados Unidos e sugeriu que outros países desenvolvidos sigam o mesmo caminho. Além disso, alertou sobre tarifas globais que podem ser impostas a produtos de fora dos EUA.

Apesar de o Federal Reserve ser um banco central independente e as decisões sobre juros dependerem dos dados econômicos, essas falas de Trump trouxeram algum otimismo ao mercado. Ainda não está precificado um corte de juros no primeiro semestre, mas os investidores ficaram animados com essa possibilidade.

Trump também comentou sobre investimentos no setor de energia, afirmando que ele precisa crescer para acompanhar o desenvolvimento da inteligência artificial, que ele considera o tema do futuro. Esse otimismo impulsionou as ações de energia: o Dow Jones subiu quase 1% hoje, enquanto o Nasdaq teve um desempenho mais modesto, já que vinha de altas expressivas no dia anterior.

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Na Europa

As declarações de Trump também repercutiram no mercado europeu. Enquanto alguns setores, como tecnologia, corrigiram ligeiramente após as altas recentes, o Stoxx 600, que reúne as principais empresas da região, registrou sua sétima alta consecutiva, fechando com uma leve alta de 0,44%.

A Europa segue em um cenário de expectativas divididas: por um lado, uma economia americana em crescimento pode ser positiva; por outro, possíveis tarifas impostas pelos EUA podem aumentar a pressão inflacionária e exigir taxas de juros mais altas na região. O mercado está de olho na reunião do Banco Central Europeu na próxima semana, onde é esperado um novo corte de juros, e nos próximos dados de atividade econômica (PMI).

No Brasil

Por aqui, o dia começou repercutindo algumas medidas anunciadas pelo governo, que a mídia tem descrito como mais populistas, como a redução do preço de alimentos por meio de redes populares de abastecimento, segundo informações da Bloomberg.

Essas questões domésticas mantêm o fantasma fiscal no radar dos investidores. Enquanto o governo tenta equilibrar as contas com medidas para reduzir gastos ou aumentar a arrecadação, os juros futuros voltaram a subir.

Além disso, o Ibovespa teve um dia difícil, fechando em queda de 0,40%. As ações da Petrobras caíram com o recuo do preço do petróleo, enquanto a Vale também recuou, mesmo com o minério de ferro se mantendo positivo. Quando Petrobras e Vale caem juntas, é difícil o Ibovespa escapar de um dia negativo.

O dólar, por sua vez, teve um dia de leve arrefecimento, acompanhando um movimento global. O euro ganhou força contra o dólar, e a moeda americana perdeu terreno em relação a outras moedas globais, embora tenha recuperado um pouco de força frente às moedas de países desenvolvidos.

Expectativas e encerramento

O mercado segue tateando para entender os impactos das políticas de Trump. Há uma expectativa de um cenário global mais inflacionário e com juros mais altos, enquanto a Europa continua enfrentando fragilidade econômica. Por aqui, seguimos tentando resolver nossas questões fiscais em meio a essas incertezas globais.

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