O BTG Pactual (BPAC11) divulgou suas expectativas para os resultados do quarto trimestre de 2024 no setor de insumos agrícolas, destacando a 3tentos (TTEN3) como sua principal escolha (Top Pick).
A análise aponta um trimestre robusto para a empresa, com crescimento em todas as verticais de negócios, enquanto a Boa Safra (SOJA3) deve enfrentar mais dificuldades devido aos desafios macroeconômicos e operacionais que marcaram o ano.
Os analistas Thiago Duarte, Gustavo Fabris, Guilherme Guttilla e Bruno Henriques mantiveram a recomendação de compra para ambas as empresas, reforçando o potencial de recuperação do setor no longo prazo.
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A 3tentos se beneficia de um modelo de negócios diversificado e adaptável, permitindo que ela supere um cenário de plantio atrasado e dificuldades financeiras no setor agrícola em 2024.
Por outro lado, a Boa Safra enfrenta pressão sobre margens e volumes, apesar de manter fundamentos sólidos e perspectivas de crescimento no futuro.
Veja o que o BTG Pactual disse sobre a 3tentos e Boa Safra
• Destaque para a 3tentos. A empresa deve registrar receitas consolidadas de R$ 3,1 bilhões (+2% a/a), Ebitda ajustado de R$ 273 milhões (+27% a/a) e lucro líquido de R$ 121 milhões. Segundo os analistas, “a recuperação no varejo e os segmentos industrial e de grãos devem sustentar os resultados”.
• Recuperação de margens no varejo. O segmento deve apresentar receita de R$ 1,3 bilhão (+23% a/a), com margem bruta subindo 4,2 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior, impulsionada por uma melhor combinação de vendas e inauguração de novas lojas.
• Segmento industrial em ajuste. Apesar da queda de 34% no volume devido a paradas de manutenção, a 3tentos deve atingir seu guidance anual, com margens fortalecidas pelo aumento no preço do biodiesel e condições favoráveis de originação.
• Grãos sustentam lucros. No segmento de Trading, o lucro bruto por tonelada deve crescer 67% a/a, beneficiado pelo comércio de trigo e maior contribuição da região do Mato Grosso.
• Boa Safra enfrenta dificuldades. A empresa deve reportar receitas de R$ 1,2 bilhão (+40% a/a) e Ebitda de R$ 178 milhões (+10% a/a), com margens pressionadas por preços mais baixos de grãos e um cenário financeiro adverso para agricultores e varejistas.
• Potencial de recuperação cíclica. Apesar das dificuldades em 2024, o BTG ressalta que o setor agrícola é inerentemente cíclico e prevê um cenário mais favorável para a Boa Safra nos próximos anos.