A saída dos herdeiros de Abilio Diniz das suas participações no Carrefour França e no Carrefour Brasil (CRFB3), por meio da Península, devem afetar negativamente as ações da empresa no Brasil, avalia o Santander.
De acordo com o último formulário de referência do Carrefour Brasil, a participação chega a 7,3% na empresa. No caso do Carrefour França, seu site de RI indica uma participação de 8,83%.
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O artigo publicado por O Globo não forneceu detalhes sobre como essas participações seriam vendidas.
“Além disso, com base em nosso entendimento do acordo de acionistas entre a Península e o Carrefour França, embora pareça haver um limite anual de 5% para uma oferta secundária da participação da Península, uma potencial rescisão do acordo poderia eliminar tais restrições”, destacam os analistas.
Para o banco, isso parece viável, pois o acordo não menciona nenhuma taxa ou limitação vinculada à sua rescisão.
“Esperamos que as ações reajam negativamente a esta notícia, dado o tamanho da potencial participação a ser vendida (R$ 894 milhões), especialmente em meio a um cenário desafiador para as ações no Brasil, devido às preocupações fiscais e ao ciclo de aperto monetário em andamento”, ressaltam.
Por fim, o banco projeta que, entre seus pares, o momento operacional do Carrefour continua sendo o mais difícil, à medida que a empresa passa por ajustes em sua divisão de Varejo e divisão bancária deve ser impactada negativamente pelas novas regras do rotativo de cartão de crédito.