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DeepSeek cai como uma bomba nas ações da Weg (WEGE3)

Novidade em IA da China traz uma possível redução na demanda por equipamentos de infraestrutura essencial à tecnologia, segmento em que a brasileira também atua na área elétrica

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Weg Transformadores, Ibovespa

As ações da Weg (WEGE3) derreteram 7,88% nesta segunda-feira (27) em reação ao anúncio das inovações da chinesa DeepSeek em inteligência artificial, que “deixaram o mundo da IA em choque”.

A reação é do desenvolvedor de IA da Dropbox, Morgan Brown, que disse, em uma publicação no X, que a novidade é uma “gigantesca” redução de custos alcançada pela concorrente da OpenAI, dona do ChatGPT, para treinar seus modelos.

“OpenAI e outras gastam mais de US$ 100 milhões apenas em computação. Chega a DeepSeek e diz: ‘e se fizéssemos isso por US$ 5 milhões?'”, escreveu.

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Ele enfatizou a relevância dessa decisão: “Isso quebra o modelo de ‘apenas grandes empresas de tecnologia’ podem trabalhar com IA”. E alertou sobre o impacto na Nvidia: “Para a Nvidia (NVDA; NVDC34), isso é assustador. O modelo de negócio deles é baseado em vender GPUs supercaras. Se todo mundo pode fazer IA com GPUs de jogos, você entende o problema”, publicou.

O que a Weg tem a ver com isso?

Para Patrick Buss, operador de renda variável da Manchester Investimentos, a nova IA, desenvolvida com menor custo e sem a necessidade de chips de alta performance, traz preocupação quanto a uma possível redução na demanda por equipamentos de infraestrutura essencial à tecnologia, segmento em que a WEG também atua na área elétrica.

Em um relatório recente, o BTG Pactual (BPAC11) reforçou sua recomendação de compra para as ações, com preço-alvo de R$ 68, destacando o papel estratégico da empresa no projeto Stargate, uma iniciativa de infraestrutura de inteligência artificial nos EUA.

Liderado por empresas como OpenAI e SoftBank, o projeto prevê investimentos iniciais de US$ 100 bilhões e foco no Texas, com potencial de expansão para US$ 500 bilhões nos próximos anos.

Os analistas Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Marcel Zambello destacaram que a Weg, devido à sua presença crescente no mercado norte-americano, está bem posicionada para aproveitar a alta demanda por equipamentos elétricos, como transformadores e sistemas de energia, necessários para suportar a infraestrutura de IA.

“Este empreendimento reforça a tendência secular de crescimento da IA e posiciona a Weg como uma ação indispensável”, afirmaram. Ou seja, seria este crescimento que agora foi colocado em xeque pela DeepSeek.

Estimativas do BTG indicam que o projeto pode contribuir para um aumento de até 9% na receita líquida da Weg, com cenários variando entre 2% a 17%, dependendo da execução e participação da empresa no fornecimento de equipamentos.

Data centers da Meta

Outro investimento que agora é posto em dúvida é o da Meta (META; M1TA34), que chega a US$ 65 bilhões em data centers e iniciativas de IA em 2025.

Mark Zuckerberg, presidente e CEO, disse que a empresa construirá um data center com capacidade de mais de 2 GW e fechará o ano com mais de 1,3 milhão de unidades de processamento gráfico (GPUs).

O analista Victor Mizusaki disse nesta segunda-feira (27) que a Weg estaria bem posicionada para capturar a demanda emergente de investimentos em data centers.

“A empresa está exposta à energia renovável e pode vender transformadores para linhas de transmissão, subestações, alternadores para geração de energia e sistemas de armazenamento de energia de bateria, bem como motores elétricos para sistemas de refrigeração”, explicou.

(Com Estadão Conteúdo)

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