A Azul (AZUL4) anunciou nesta terça-feira (28) a conclusão de sua reestruturação financeira, abrangendo detentores de títulos de dívida, arrendadores e fabricantes. O processo resultou na eliminação de aproximadamente US$ 1,6 bilhão em dívidas do balanço patrimonial, além da emissão de US$ 525 milhões em Notas Superprioritárias com vencimento em 2030.
Com essa reestruturação, a Azul reduziu sua alavancagem de 4,8x para 3,4x, considerando o Ebitda dos últimos 12 meses no terceiro trimestre de 2024. A iniciativa também prevê uma economia de R$ 1 bilhão em pagamentos de juros em 2025 e anos subsequentes. Segundo a empresa, a operação reflete um esforço para fortalecer sua posição financeira, melhorar a liquidez e assegurar maior geração de caixa.
A companhia também formalizou acordos definitivos com arrendadores e fabricantes, envolvendo a troca de obrigações por 94 milhões de novas ações preferenciais AZUL4, previstas para emissão no primeiro trimestre de 2025. Esses movimentos estruturais ampliam as condições de financiamento da Azul e garantem um capital adicional para os próximos anos.
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Veja o que foi anunciado pela Azul
• Redução expressiva de dívidas com arrendadores e fabricantes. A Azul eliminou US$ 557 milhões em obrigações com arrendadores e fabricantes por meio de uma emissão de ações preferenciais. “Essa troca representa um marco na reestruturação, alinhando os interesses de longo prazo entre a empresa e seus parceiros estratégicos,” afirmou a Azul em comunicado.
• Impacto das Notas Superprioritárias e nova estrutura de capital. A emissão de Notas Superprioritárias de 2030, no valor de US$ 525 milhões, incluiu a possibilidade de incorporar juros ao principal, melhorando a flexibilidade financeira. “Esses recursos adicionais ampliam significativamente a liquidez e sustentam a operação nos próximos anos,” destacou a Azul.
• Melhorias no fluxo de caixa e alívio financeiro em 2025. Com a reestruturação, a Azul estima uma economia de R$ 1 bilhão em pagamentos de juros em 2025. A empresa também assegurou melhorias de fluxo de caixa superiores a US$ 300 milhões nos próximos três anos, como parte de novos acordos comerciais.
• Títulos de dívida: foco na recapitalização e reestruturação. Além da eliminação de parte das dívidas existentes, a Azul trocou 52,5% das Notas de 2029 e 2030 por novos títulos conversíveis. Essa estratégia reduz significativamente a pressão sobre o caixa e oferece mais previsibilidade ao planejamento financeiro da empresa.