O Bradesco BBI atualizou sua cobertura do setor de proteínas e agronegócio, considerando uma Selic mais alta, custo de capital elevado e um real depreciado.
Apesar das pressões macroeconômicas, os analistas esperam que 2025 seja um ano de transição, com resultados crescentes impulsionados por um real mais fraco, tornando o setor defensivo.
A JBS (JBSS3) foi destacada como a principal escolha entre as empresas de proteínas, com recomendação de compra e preço-alvo revisado para R$ 48.
No agronegócio, a 3tentos (TTEN3) surge como a Top Pick, com expectativa de crescimento robusto e múltiplos atrativos.
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Veja o que o Bradesco BBI disse sobre a JBS
1. JBS lidera recomendações no setor de proteínas. “A JBS é a nossa Top Pick entre os players de Proteínas,” afirmam os analistas. A empresa oferece o maior rendimento recorrente de Fluxo de Caixa Livre (FCFE) para 2025, projetado em 15%, destacando-se como a melhor opção para uma estratégia defensiva no setor. O preço-alvo foi ajustado para R$ 48.
2. Neutras para BRF e Marfrig. “Nossas recomendações Neutras para BRF e Marfrig permanecem inalteradas,” aponta o relatório. O preço-alvo da BRF foi revisado para R$ 23, enquanto o da Marfrig subiu para R$ 19. Apesar disso, os analistas não veem gatilhos claros para um desempenho superior significativo nessas empresas no curto prazo.
3. 3tentos: Crescimento robusto no agronegócio. “A 3tentos é a nossa Top Pick do setor de Agronegócio,” destacam os analistas. A empresa apresenta o maior crescimento projetado entre 2024-26, com um aumento anual médio de 32% no lucro líquido. Seu múltiplo P/L para 2026 já está alinhado à média do setor, justificando a recomendação de compra.
4. Boa Safra e Jalles Machado com potencial de redução de risco. “Mantemos nossas recomendações de Compra para Boa Safra e Jalles Machado,” afirma o relatório. Para Boa Safra, o preço-alvo foi ajustado para R$ 15, enquanto Jalles Machado teve o preço-alvo reduzido para R$ 8. Ambas as empresas podem se beneficiar de uma redução de riscos em 2025.
5. SLC e São Martinho com assimetria melhorada, mas riscos persistem. “Vemos uma melhora na assimetria tanto para SLC quanto para São Martinho,” avalia o BBI. No entanto, os analistas mantêm recomendações neutras, citando riscos para os resultados deste ano e a falta de gatilhos claros para ganhos de curto prazo. Os preços-alvo foram ajustados para R$ 22 e R$ 28, respectivamente.