Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta quarta-feira, 5, após estoques semanais da commodity nos EUA bem acima das expectativas dos analistas.
O dado deixou em segundo plano os comentários de Donald Trump para estabelecer uma política de “pressão máxima” contra o Irã.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI (WTI) para março fechou em queda de 2,29% (US$ 1,67), a US$ 71,03 o barril, enquanto o Brent (BRENT) para abril, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 2,08% (US$ 1,59), a US$ 74,61 o barril.
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Os estoques de petróleo nos EUA tiveram alta de 8,66 milhões de barris, a 423,79 milhões de barris na semana passada, informou o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do país.
Analistas consultados pelo The Wall Street Journal previam alta de apenas 1,3 milhão de barris.
No radar geopolítico, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, classificou a política de pressão máxima americana como uma “experiência fracassada”.
Já o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, afirmou que o país é rico em recursos e tem opções para lidar com as sanções dos EUA. Segundo o ING, a redução dos fluxos petrolíferos do Irã não ajudará a reduzir os preços do petróleo, algo que o presidente Trump está muito interessado em conseguir.
Os preços também estão pressionados por preocupações de que uma disputa comercial entre os EUA e a China possa prejudicar o crescimento global e aumentar as pressões inflacionárias.
“O mercado está agora preso entre os temores crescentes de que uma escalada da guerra comercial prejudique o crescimento da demanda global e uma possível interrupção repentina das exportações de petróleo iraniano”, diz o analista-chefe de commodities da SEB, Bjarne Schieldrop.
(Com Estadão Conteúdo)