As ações da B3 (B3SA3) ainda possuem a recomendação neutra pelos analistas do BTG Pactual, mas estão em um momento de “quase” compra, mostra um relatório enviado a clientes nesta sexta-feira (21).
A empresa divulgou seus resultados do quarto trimestre de 2024, registrando um lucro de R$ 1,2 bilhão, um pouco abaixo da estimativa e do consenso.
“Os resultados foram praticamente perfeitos de cima para baixo, mostrando que a B3 continua gerenciando os números quase estáveis nos últimos trimestres, apesar do negócio de ações continuar perdendo relevância”, pontuam os analistas Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel.
Descubra os melhores investimentos com a maior casa de análise do Brasil (COM 30% DE DESCONTO SÓ NESTE LINK)
Segundo eles, as ações da B3 parecem um jogo de valor “decente” neste momento, com lucros defensivos e fortes, com dividendos e recompras, e risco de alta no caso de melhorias macroeconômicas ou políticas.
“Além disso, a administração está mais otimista sobre a decisão do CARF e contingências, enquanto as pressões competitivas ainda parecem distantes. Como tal, nossa visão sobre as ações se tornou marginalmente mais positiva, e até as adicionamos ao portfólio da nossa equipe de estratégia em fevereiro”, destacam.
Apesar de já não esperarem muitas surpresas sobre os dados do último trimestre de 2024 da B3 – visto que os volumes são conhecidos com antecedência -, Rosman, Paura e Buchpiguel ressaltam, contudo, que eles reforçam a narrativa que a B3 vem tentando comunicar: não são apenas “ações”.
“Se assumirmos a taxa de execução atual de R$ 1,2 bilhão por trimestre como um valor “recorrente”, anualizado e crescendo em linha com a inflação em 2025, então a B3 estaria sendo negociada a 12 vezes o múltiplo de Preço sobre o Lucro (P/L) para 2025, com um dividend yield de quase 10% — o que vemos como atraente, especialmente se estivermos nos aproximando de um fundo no sentimento macro/ações, criando espaço para crescimento futuro dos lucros e reclassificação do múltiplo de avaliação”, destacam.
“Nossa classificação neutra permanece inalterada por enquanto, mas nossa preferência em relação às ações continua melhorando”, concluem os analistas do BTG. O preço-alvo é de R$ 13,50.