As ações da Azul (AZUL4) estão em forte alta superior a 6% nesta segunda-feira (24) em reação ao balanço do último trimestre de 2024. A companhia aérea reportou lucro líquido ajustado de R$ 62,4 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 270,6 milhões registrado em igual intervalo de 2023.
O lucro operacional aumentou 40,2% na mesma base comparativa, atingindo recorde de R$ 1,238 bilhão. O Ebitda do trimestre bateu recorde ao somar R$ 1,950 bilhão, 33% acima do resultado do último trimestre de 2023.
Segundo a XP Investimentos, os principais fatores para o trimestre foram um desempenho estável do RASK (Receita operacional por assentos-quilômetro oferecidos), com leve baixa de 1% na passagem anual, e uma dinâmica positiva do CASK (custo operacional dividido pelo total de assentos-quilômetro oferecidos), de -6%.
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O aumento de 18% no câmbio em 2024 foi compensado por menores preços de combustível (-17%), pela transição para aeronaves de última geração mais eficientes e iniciativas de redução de custos.
“Reiteramos nossa recomendação neutra em um cenário macro ainda desafiador e com potencial de diluição relevante”, explicam os analistas Pedro Bruno, Matheus Sant’anna e João Ramiro, lembrando do processo de reestruturação da empresa, que envolve uma oferta de ações.
Para o BTG Pactual, apesar de um desempenho operacional sólido, ajudado por uma sazonalidade favorável de fim de ano, evidenciado pelo aumento de RPK (Passageiros-quilômetro transportados), a alavancagem da Azul continua negativa, especialmente em meio a um cenário de juros mais altos.
“Por outro lado, a turbulência macro vista no quarto trimestre se acalmou (os preços do câmbio e do petróleo se estabilizaram um pouco), e continuamos esperando mais melhorias nos resultados operacionais da empresa (especialmente com a entrada em serviço dos novos E2s)”, opinam Lucas Marquiori e Fernanda Recchia.
Eles pedem que os investidores continuem monitorando a alavancagem e gestão de passivos, os custos e a fusão com a Gol (GOLL4). A recomendação foi mantida em neutra, “especialmente porque precisamos compreender melhor a diluição final do patrimônio à frente”. O preço-alvo continua em R$ 17.