Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta terça-feira, 25, e atingiram menor nível desde dezembro de 2024, à medida que as ameaças de tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre produtos do Canadá e do México aumentam as preocupações com oferta e demanda.
A commodity também ficou pressionada pelo dado de confiança dos EUA mostrar queda inesperada em fevereiro.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI (WTI) para abril fechou em queda de 2,50% (US$ 1,77), a US$ 68,93 o barril, enquanto o Brent (BRENT) para maio, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 2,43% (US$ 1,81), a US$ 72,50 o barril.
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Trump afirmou na segunda-feira que as tarifas sobre importações do México e do Canadá “irão adiante”, após um adiamento de 30 dias.
Além disso, a confiança do consumidor dos EUA, medida pelo Conference Board, registrou em fevereiro sua maior queda em mais de três anos.
De acordo com o UBS Wealth Management, a incerteza continua elevada em relação aos próximos passos do governo Trump sobre tarifas e sanções.
“A estrutura da curva de futuros do petróleo ainda está inclinada para baixo”, diz o estrategista da UBS Giovanni Staunovo. “Isso significa que os vendedores estão solicitando preços mais altos para a entrega imediata da commodity do que para a entrega posterior.”
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No radar, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, chegou nesta terça a Teerã para reuniões com seu homólogo iraniano. A visita ocorre um dia após os EUA imporem novas sanções ao setor petrolífero iraniano.
Assim, os pontos positivos para os preços da commodity incluem as sanções dos EUA contra o Irã e as novas sanções da União Europeia contra a Rússia, diz o Goldman Sachs, que acredita que há espaço para uma possível recuperação no posicionamento do petróleo, com o Brent subindo até US$ 80 por barril no segundo trimestre do ano.
(Com Estadão Conteúdo)