O Ibovespa futuro (WIN1) aponta para uma abertura estável nesta terça-feira (11), após um dia de forte instabilidade dos mercados internacionais, especialmente nos EUA.
Veja os destaques do dia
Na véspera, o mercado acionário americano fechou em forte baixa, com o índice Nasdaq chegando a computar perda de quase 5% no pior momento do pregão, sob o impacto da crescente apreensão com o risco de uma recessão nos Estados Unidos diante da imposição de tarifas pelo presidente Donald Trump.
Ainda que tenha reduzido as perdas no fim da sessão, o índice teve a maior queda desde 2022. O Dow Jones encerrou com baixa de 2,08% (890,01 pontos), a 41.911,71 pontos após cair mais de mil pontos no pior momento da sessão. O S&P 500 terminou em queda de 2,70%, aos 5.614,56 pontos.
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“Os mercados, que presumiram que Trump 2 manteria a monomania de Trump 1 por ações, só querem o que é certo para eles. No entanto, qualquer um que pensasse que mudar os EUA para o mercantilismo baseado na produção, da financeirização baseada em ativos por meio da arte de governar econômica em vez da política econômica, poderia ser feito sem que os ativos caíssem, não entendeu nem o “ismo” nem a arte de governar. Daí a liquidação. Claro, essa tentativa de redefinição dos EUA pode dar terrivelmente errado; ou certo. De qualquer forma, os mercados serão arrastados atrás dela”, avalia Michael Every, estrategista global do Rabobank, em um relatório divulgado nesta terça-feira (11) e obtido pelo Dinheirama.
China
O índice japonês Nikkei caiu 0,64% em Tóquio, a 36.793,11 pontos, pressionado por ações de corretoras e eletrônicos, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 1,28% em Seul, a 2.537,60 pontos, e o Taiex registrou queda de 1,73% em Taiwan, a 22.071,09 pontos.
Em Hong Kong, o Hang Seng terminou o dia em baixa marginal, a 23.782,14 pontos, mas ações de montadoras chinesas de veículos elétricos saltaram, favorecidas por uma perspectiva robusta de vendas para março e após o tombo da concorrente americana Tesla em Nova York ontem. Foi o caso da NIO (+9,81%) e da XPeng (+9,19%).
Os mercados da China continental, por sua vez, garantiram altas moderadas em meio à expectativa de que o congresso do país encerre sua reunião anual com mais medidas para ajudar a impulsionar a segunda maior economia do mundo. O Xangai Composto subiu 0,41%, a 3.379,83 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,34%, a 2.087,72 pontos.
Europa
As bolsas europeias operam majoritariamente em alta na manhã desta terça-feira, ensaiando recuperação de ontem, quando caíram em meio a temores de que a política tarifária do governo Trump deflagre uma guerra comercial, prejudique a economia dos EUA e eventualmente cause uma recessão.
Por volta das 6h40 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha baixa marginal de 0,09%, a 545,69 pontos. Apenas o subíndice do setor automotivo, no entanto, subia 1%, após balanço da alemã Volkswagen.
Maior montadora europeia, a Volkswagen teve lucro um pouco maior do que o esperado no quarto trimestre de 2024 e agradou com projeções para este ano. Em Frankfurt, sua ação avançava 2,5%.
O setor farmacêutico europeu, por outro lado, caía 1,4%, um dia após a gigante farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk (-2,6%, em Copenhague) divulgar resultados de testes com um novo remédio para emagrecimento.
Às 6h53 (de Brasília), a Bolsa de Frankfurt subia 0,75% e a de Paris avançava 0,52%, enquanto a de Londres caía 0,07%. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham respectivos ganhos de 0,33%, 0,21% e 0,61%.
(Com Estadão Conteúdo)