O BTG Pactual reiterou a recomendação de compra para as BDRs da Aura Minerals (AURA33) e elevou o preço-alvo para R$38 por ação, ante R$32 anteriormente, destacando o potencial de valorização mesmo após a alta de 160% nos últimos 12 meses. A decisão reflete ajustes no cenário de preços do ouro, perspectivas operacionais robustas e projetos de crescimento que podem dobrar a produção da mineradora, mostra um relatório enviado a clientes nesta terça-feira (11).
Segundo os analistas Leonardo Correa e Marcelo Arazi, a revisão do preço-alvo incorpora a mudança na projeção de longo prazo para o ouro, agora estimado em US$2.300 por onça — 20% abaixo do valor atual, mas 35% acima da previsão anterior. “A dinâmica de demanda por ouro, impulsionada por bancos centrais e investidores, reforça o papel estratégico do metal como proteção contra volatilidade”, explicam os especialistas.
A Aura também ganha tração com a estabilidade operacional e o cumprimento das metas de 2024, após frustrações em anos anteriores. “A empresa melhorou sua comunicação e entrega operacional, o que reduz incertezas”, destacam os analistas. O guidance de produção para 2025 (266-300 mil onças) e custos controlados (US$1.078-1.191 por onça) são vistos como realistas, dada a trajetória recente da companhia.
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O projeto Borborema, previsto para iniciar operações no terceiro trimestre deste ano, e o potencial de Matupá (com início em 2027) são apontados como catalisadores. “Esses ativos podem elevar a produção anual para mais de 400 mil onças, aproximando a Aura de pares globais e justificando uma reprecificação”, avalia o BTG.

Apesar do rali recente, o modelo DCF do banco indica um potencial de alta de 30%, sem considerar projetos como Pé Quente, Pézão ou Cerro Blanco, tratados como ‘opções adicionais’. A combinação de crescimento orgânico, dividendos atrativos (8-9% em 2025) e exposição ao ouro reforçam o caso de investimento.
“A Aura oferece diversificação de carteira, crescimento acelerado e retorno sólido”, afirmam Correa e Arazi. Com a ação negociando a 3,6x EV/EBITDA 2025 e 0,8x P/NAV, o BTG vê margem para valorização, mesmo em um cenário já positivo.
A recomendação mantém-se alinhada à tese de que o ouro não é uma commodity comum, mas um ativo estratégico em momentos de incerteza macroeconômica. Para os analistas, a Aura está bem posicionada para capitalizar esse movimento, com fundamentos sólidos e múltiplos atrativos.