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Ibovespa futuro aponta para abertura em leve alta

Os investidores acompanham a divulgação dos números do IPCA de fevereiro, além do cenário corporativo e resultados trimestrais

por Gustavo Kahil
Mercados Ibovespa Ações, Focus

As negociações do Ibovespa futuro (WIN1) indicam para uma abertura estável, com leve tendência de alta nesta quarta-feira (12). Os investidores acompanham a divulgação dos números do IPCA de fevereiro, além do cenário corporativo e resultados trimestrais.

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IPCA

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou fevereiro com alta de 1,31%, ante uma elevação de 0,16% em janeiro, informou nesta quarta-feira, 12, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou ligeiramente abaixo da mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que apontava alta de 1,32%. O intervalo das previsões ia de 1,23% e 1,46%.

A taxa acumulada pela inflação no ano foi de 1,47%, de acordo com o IBGE. O IPCA acumulado em 12 meses ficou em 5,06%, resultado próximo à mediana das projeções dos analistas, de 5,07%, com estimativas que iam de 4,97% a 5,21%.

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Análise técnica: Aversão ao risco no exterior

Segundo os analistas da Ágora Investimentos, a formação de topo aos 125.030 pontos foi consolidada e durante a sessão o índice chegou a tocar suporte aos 122.634, mas resistiu e manteve a posição.

“Para o curto prazo, a atenção permanece para eventual perda deste nível, quando consolidaria a formação de um pivô de baixa e abriria caminho para busca da próxima região de fundo, marcada aos 121.103 pontos”, ressaltam.

Ações, Ásia
(Imagem: freepik/@ kroshka__nastya)

Ásia

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam sem direção única nesta quarta-feira, à medida que investidores avaliavam o impacto das tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, após mais um dia de perdas em Wall Street.

O índice japonês Nikkei teve alta marginal de 0,07% em Tóquio, a 36.819,09 pontos, graças ao bom desempenho de ações financeiras, e o Hang Seng caiu 0,76% em Hong Kong, a 23.600,31 pontos, sob o peso de ações de tecnologia, enquanto o sul-coreano Kospi subiu 1,47% em Seul, a 2.574,82 pontos, com a ajuda de ações siderúrgicas e de chips, e o Taiex registrou ganho de 0,94% em Taiwan, a 22.278,36 pontos.

Na China continental, o Xangai Composto recuou 0,23%, a 3.371,92 pontos, pressionado por ações de telecomunicações – China Mobile e China Telecom tiveram perdas de cerca de 1,4% -, mas o menos abrangente Shenzhen Composto assegurou leve ganho de 0,13%, a 2.090,38 pontos. Possíveis medidas de estímulos de Pequim seguem no radar, após o fim da reunião anual do congresso chinês.

A Casa Branca confirmou ontem que os EUA vão tarifar importações de aço e alumínio em 25% a partir desta quarta. Em resposta, a União Europeia (UE) anunciou tarifas retaliatórias mais cedo.

Incertezas sobre os efeitos econômicos das medidas tarifárias dos EUA pesaram nas bolsas de Nova York, que ontem caíram pelo segundo pregão seguido, ainda que as perdas não tenham sido tão intensas quanto as do dia anterior.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho pela segunda sessão consecutiva hoje, com queda de 1,32% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 7.786,20 pontos.

Europa

As principais bolsas europeias operam em alta na manhã desta quarta-feira, impulsionadas por um possível acordo de cessar-fogo na Ucrânia e apesar da disputa comercial entre Estados Unidos e União Europeia, que hoje anunciou retaliação a tarifas de Washington.

Por volta das 7h05 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,91%, a 541,75 pontos.

O apetite por risco na Europa veio após o governo ucraniano aceitar ontem uma proposta de cessar-fogo de 30 dias feita pelos EUA, que agora será submetida à aprovação da Rússia.

A possibilidade de paz na Ucrânia deixou rusgas comerciais em segundo plano. Mais cedo, a UE anunciou que irá tarifar até 26 bilhões de euros em produtos dos EUA, em resposta à decisão do governo Trump de seguir adiante com a tarifação de importações de aço e alumínio a partir de hoje. Em discurso, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, alertou que a fragmentação comercial provavelmente causará ajustes de preços “maiores e mais perturbadores”.

No topo do Stoxx 600, a farmacêutica dinamarquesa Zealand Pharma saltava mais de 24% em Copenhague após anunciar um acordo com a concorrente suíça Roche (+4,6%, em Zurique) para o desenvolvimento conjunto de um remédio contra obesidade.

No meio da manhã, investidores na Europa vão acompanhar novos dados da inflação ao consumidor (CPI) dos EUA, que podem influenciar as apostas para a trajetória dos juros básicos americanos.

Às 7h20 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,45%, a de Paris avançava 1,04%, a de Frankfurt ganhava 1,41% e a de Milão tinha alta de 1,07%. Na contramão, as de Madri e Lisboa caíam 0,39% e 0,05%, respectivamente.

(Com Estadão Conteúdo)

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