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Lula precisa de 40% de aprovação para reeleição, diz BTG

A aprovação de Lula atingiu o menor patamar desde o início do mandato, com 24% em fevereiro, segundo Datafolha

por Gustavo Kahil
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de inauguração do novo laminador para expansão da produção de aço em Minas Gerais

O BTG Pactual aponta que a reeleição do presidente Lula em 2026 dependerá crucialmente de sua capacidade de recuperar a popularidade, alcançando ao menos 40% de aprovação. Segundo relatório do banco, “a taxa de aprovação do governo é a métrica mais relevante para acompanhar neste momento”, já que a disputa ainda carece de definição de candidatos. Atualmente, a avaliação de Lula está em 24%, nível considerado “extremamente desafiador” para uma corrida presidencial, segundo consultores políticos.

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A aprovação de Lula atingiu o menor patamar desde o início do mandato, com 24% em fevereiro, segundo o Datafolha. Esse índice só é superior aos de FHC 2 (24%), Temer (7%) e Collor (12%), mas inferior aos de Bolsonaro (37%) e Dilma (30%) no mesmo período de governo. O relatório destaca que a reprovação já supera a aprovação em 4 pontos percentuais, contra uma vantagem de 15 pontos no início do mandato.

Analisando governos anteriores, o BTG observa que presidentes como Lula 2 (alta de 13 pontos) e Dilma 1 (12 pontos) recuperaram popularidade nos últimos anos de mandato. “FHC 1 e Dilma 1 terminaram com 35% e 42% de aprovação, respectivamente, e foram reeleitos”, lembra o relatório. No entanto, a economia em desaceleração e a desaprovação atual de 46% complicam a trajetória de Lula.

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Para reverter o quadro, o governo prepara medidas como isenção fiscal para renda abaixo de R$ 5 mil, redução de juros em empréstimos consignados e auxílios a estudantes. “Essas ações devem ter impacto positivo na aprovação”, avalia o BTG, mas alerta para efeitos colaterais: “O mercado pode reagir negativamente, prejudicando crescimento e taxas de juros, o que limitaria os ganhos políticos”.

O BTG estima que, se Lula recuperar 40% de aprovação, será “um candidato competitivo em 2026, especialmente com a máquina administrativa a seu favor”. Contudo, a distância atual é grande: seriam necessários 16 pontos a mais em dois anos, algo sem precedentes desde a redemocratização.

A análise ressalta que a economia é a principal barreira. Com inflação persistente e crescimento modesto, as medidas populistas podem não ser suficientes. Além disso, a polarização política e a judicialização de temas como o orçamento secreto adicionam incertezas ao cenário.

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Para o BTG, Lula precisará navegar entre “medidas eleitoreiras e a sustentabilidade fiscal” para evitar um “efeito sanfona” na economia. A meta de 40% é ambiciosa, mas não impossível se o governo combinar políticas sociais com ajustes credíveis. Como conclui o relatório: “O desafio é monumental, mas a história mostra que recuperações são possíveis”.

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