Salve querido leitor, vamos ir além de falar de sonho? Que tal fazê-lo acontecer? Foi pensando em ajudá-lo a realizar o sonho daquela viagem que resolvi escrever esse texto.
Eu não sei você, mas desde pequeno eu sonhava em conhecer o mundo e, assim como eu, a maioria das pessoas do meu convívio também tinha essa vontade latente de viajar ao exterior. Acredito que é um sonho comum à maioria das pessoas: ir além das fronteiras.
Começando já com a franqueza que me é peculiar, a primeira coisa que você deve ser é realista e ter em mente que viajar, do ponto de vista estritamente financeiro, é caro. Dito isso, vamos começar a olhar para o passo a passo para realizar o sonho, sem quebrar a banca.
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1. Saiba exatamente o que quer
Um dos pecados turísticos capitais é não saber o que se quer. Dizer apenas “quero ir ao exterior” ou mesmo “quero ir à Europa”, é pra lá de vago. É importante que você saiba exatamente para onde quer ir, que tipo de hotel, classe de voo, se vai em grupo ou por conta, para só depois começar o seu planejamento. Não dá para traçar um plano para um objetivo inexistente.
2. Seja realista
Aqui outro dos pecados capitais que se manifesta de várias formas. A primeira é subestimar o tamanho do custo total de uma viagem para o exterior, ainda mais quando temos uma situação cambial tão desfavorável.
Subestima-se pelo mal hábito de considerar “custo de viagem” apenas passagem aérea, hotel e transfers. Não, amigo, da taxa de emissão do passaporte, passando pelo estacionamento do aeroporto (ainda no Brasil), o ingresso do museu, o remédio para dor de cabeça e a gorjeta para o taxista, tudo, rigorosamente tudo, compõe o custo total da viagem.
Por isso é importante ser realista: viajar para NY por 7 dias, gastando menos de 2 mil dólares por cabeça, mesmo que se hospede em Nova Jersey ou no Brooklin, é bem difícil.
A segunda maneira que a “falta de realismo” se manifesta, é na hora de escolher os produtos da viagem, como categoria de hotéis, carro, restaurantes, ou melhor, o pecado se manifesta na inabilidade das pessoas de encaixarem a viagem à sua realidade financeira.
Entenda que hotel serve para dormir e avião para te levar até o destino; sua viagem não vai ser menos legal se não ficar no lugar mais caro. O que vai ser bem chato é não ter grana para cobrir o rombo depois. E “pelamordedeus”, deixe os mitos de lado! Viajar para os EUA é mais barato do que ir para Ubatuba? Blah…
3. Planeje muito, e com antecedência
Realismo afiado, agora é olhar para seu orçamento e para o tempo, a fim de estimar o prazo para conseguir poupar os recursos necessários para a viagem. Se você já tem parte considerável desse dinheiro (mais de 70%), comece com a antecedência necessária para não deixar nada a pagar após seu retorno.
Mesmo para aproveitar as promoções aéreas, que têm acontecido de 180 até poucos dias antes da data de embarque, é importante estar planejado. Compre moeda estrangeira um pouco por mês para conseguir fazer um bom “preço médio”; nada de tentar adivinhar a melhor hora de comprar, porque ninguém sabe exatamente qual é.
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4. Defina seu orçamento e se atenha a ele
Com o planejamento pronto, você consegue ter um panorama muito próximo do que real de quanto vai gastar. É fundamental estabelecer limites até para os “extras” e deixar o cartão de crédito apenas para emergências, ou situações nas quais ele seja estritamente necessário.
Acabou o dinheiro, acabou. Não adianta ficar dizendo “eu mereço” ou “já que estamos aqui”, porque o resultado disso costuma ser desastroso. A não ser que falte para comer, o resto pode ser evitado (como aquele celular novo, por exemplo). Assim você também evita uma surpresa desagradável na fatura do cartão, caso haja uma variação brusca no câmbio.
5. Pague antes, nunca depois
Já toquei nesse ponto antes, mas ele é tão importante que criei um tópico para o meninão: embarque com tudo pago. Isso quer dizer que, se você comprar passagens parceladas, a última prestação deve ser antes do embarque. O mesmo vale para todo o resto.
Além disso, viaje já com todo dinheiro necessário para os gastos que terá lá e também para as compras (caso seja sua praia). Assim, o dia que em que o avião tocar o solo da terrinha novamente, você saberá que está tudo quitado e a volta ao trabalho será para pensar nas próximas férias (e não lamentar a última).
6. Viajar e comprar não são sinônimos
Saia do comum. Seja diferente. O brasileiro, infelizmente, tem o péssimo costume de pensar só em “comprinhas”. E, assim, as pessoas viajam para comprar e ainda aceitam “encomendas” da família e mais metade dos vizinhos para um “contrabando básico”.
Não deixe de viver apenas para consumir. Feche as portas para encomendas. Não estou dizendo que você não deva comprar nada, mas que isso seja uma parte muito pequena do todo.
Já ouvi estórias de adolescentes que deixaram de ir para os parques da Disney para ficar dentro de outlets. No fim, compramos um monte de porcarias que vão ficar esquecidas em um canto, no lugar de viver experiências que ficariam em nossas memórias e corações para sempre. Que tal mudar esse conceito?
Ainda vou voltar com muitas outras dicas mais “aprofundadas”, desde o uso de cupons de desconto, alfândega, aluguel de carro e muito mais. Mas, se você não tiver esses 6 passos muito claros, de nada adianta o resto, pois em vez de realizar um sonho, estará criando para si um pesadelo financeiro. Um abraço e boa viagem!
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