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Quer resultados? Faça direito e pare com a conversa fiada!

por Renato De Vuono
3 min leitura

Olá amigo leitor. Recentemente tive que dar entrada na renovação de minha CNH e, envolto em mais esse processo de nossa “burrocracia”, comecei a pensar sobre esse assunto e tentarei abordá-lo em consonância com o nosso tema principal, o dinheiro. Acompanhe o texto até o final, por favor.

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Você já notou quantos são os documentos que temos: CNH, RG, CPF, Título de Eleitor, Carteira de Trabalho, Documento Militar (para homens), Passaporte, Certidão de Nascimento, Certidão de Casamento, Carteiras de Classe (CRM, OAB…), cartão do PIS/PASEP, cartão do INSS, sem contar o sem número de cartões de banco, crédito, plano de saúde… ufa! É muita coisa.

Jeito de simplificar sempre tem, mas falta boa vontade. E por quê? Fácil: quanto mais complicado, melhor! Havia um projeto em tramitação para unificação de todos os documentos… quem sabe nossos netos vejam isso, pois nunca mais ouvi falar dele.

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Você também já notou que em nossa famosa “carta de motorista” vai escrito a cidade onde a mesma foi emitida? Pois é, se você mudou de cidade e deseja renovar a CNH, o que acontece? Claro, você tem que pagar uma taxa para transferi-la para o município onde está.

Não é o máximo? Mais uma taxa? Em um país onde o governo é tão correto, os impostos são tão baixos, fico em estado de êxtase só de pensar em pagar mais uma taxa. Quanta felicidade! Aí vem a pergunta: mas não é Carteira NACIONAL de Habilitação? Até onde eu sei, é.

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Se é nacional, como pode termos de pagar para transferi-la? A resposta está na ponta da língua dos apadrinhados do sistema: “Nacional diz respeito ao fato de o cidadão poder dirigir em todo o território e não necessariamente ao local de emissão do documento”. Pessoal esperto, não? Espertos até demais. É o cúmulo do absurdo, mas é real. O pior, continuamos a nos sujeitar a esse pessoal.

Depois do advento do Novo Código de Trânsito brasileiro, muita coisa mudou; criou-se a indústria das multas, as autoescolas começaram a ganhar mais, bem como os médicos que fazem os exames e por aí vai.

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E ainda criaram o CFC, que por ter a mesma sigla do gás que destrói a camada de ozônio, não poderia ser boa coisa. A ideia é nobre: Centro de Formação de Condutores. Mas, na prática, o que vemos no dia a dia são os velhos problemas de sempre atrás dos volantes.

Eis que o show de horrores começa: eu pude escolher entre fazer o curso ou pagar “apenas” a taxa da prova e ler uma apostila sem vergonha em casa. Claro, escolhi o mais barato. O que eu aprendi? Nada. Como fui na prova? Acertei 29 de 30 questões.

Sou um motorista melhor hoje do que ontem? Duvido muito. De que modo uma apostila para lá de suspeita pode ensinar de uma vez só noções básicas de cidadania, direção defensiva e primeiros-socorros?

Já que vamos fazer, que façamos direito, ou deixemos de vez de palhaçada. É a mesma conversa que enfrentamos todos os dias como orientadores financeiros: todo mundo quer o caminho fácil, a fórmula mágica. Querem que velhas equações resolvam novos desafios. Não!

Quer ficar rico? Quer que seu dinheiro renda mais? Repito: deixe de conversa mole e faça direito! Só vamos mudar o sistema quando pararmos de aceitar qualquer coisa que fazem conosco, como, por exemplo, a palhaçada da CNH. Assim, os bancos só vão mudar a postura, quando nós fizermos de fato a nossa parte, investindo em outro lugar.

Dar mais crédito para quem já está endividado, em vez de educá-lo, é como colocar um Bandaid em um leproso: não vai ajudar, só vai esconder uma ou duas feridas. Um abraço e até a próxima!

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