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O emprego tradicional acabou? O que fazer e como gerar renda?

por Isabella Abreu
3 min leitura

O atual momento econômico que o Brasil enfrenta tem atingindo diversos segmentos e gerado muito desemprego. Segundo Andrea Deis, especialista em gestão de carreiras, o trabalho é o que fará com que as pessoas sobrevivam no mercado neste período de crise.

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Ela afirma que é necessário que o profissional não busque apenas um bom emprego com salário e benefícios, mas um trabalho que valorize o seu talento natural. “Também é preciso ter mais apego à própria carreira do que à segurança e estabilidade”, diz.

De acordo com Andrea, tempos atrás, o emprego bom era aquele que perdurava pelo maior tempo possível, com um salário que suprisse as necessidades básicas e a maior “segurança” possível (CLT). Uma empresa e/ou indústria tradicional era o sonho de consumo de um profissional.

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Já hoje, com a mudança dos preceitos de vida da geração atual na era da informação, muda-se também a maneira de enxergar o emprego. Antes o que era segurança agora é bem-estar.

“Não basta um bom emprego com salário e benefícios, tem que proporcionar prazer e reconhecimento”, ressalta Andrea. A especialista também cita que os “workaholics”, antes vistos com bons olhos, agora são percebidos até como ineficientes em muitos casos.

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Emprego X Trabalho

Apesar de ambas palavras serem utilizadas para designar ofício, elas apresentam aspectos práticos distintos. Enquanto o trabalho está ligado a objetivos e realizações profissionais, o emprego designa basicamente uma forma de adquirir renda.

Segundo o coach José Roberto Marques, o trabalho tem relação direta com o estilo de vida do indivíduo, em quem ele é ou deseja se tornar. Está pautado em projetos, metas, objetivos e sonhos. “Trabalho vai além da necessidade financeira, trata-se de um caminho para a realização”, diz.

Já o emprego é uma atividade alienada em que o profissional atua por mera necessidade financeira, distante de algum tipo de apreciação. “Todos nós já passamos por essa experiência, seja pelo fato de ser a primeira colocação no mercado, ou por ainda não ter descoberto a própria paixão, o que verdadeiramente está conectado com suas motivações e convicções mais autênticas”, afirma.

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Para Marques, quando a busca é somente pela estabilidade financeira, a chance de acabar infeliz realizando tarefas que não trazem satisfação pessoal e profissional é muito grande. “O resultado é estagnação na sua carreira e até mesmo em sua vida”, avalia.

Já quando você tem um trabalho, esse cenário muda totalmente. Bem como já dizia Max Weber, “o trabalho enobrece o homem”, o que ressalta a diferença entre trabalho e emprego.

“Nessa perspectiva, a atuação profissional está atrelada à existência do indivíduo, mais profundamente falando, à construção do seu legado. Por isso é determinante para a plenitude do indivíduo, visto que é uma forma dele se autoconhecer, para identificar e esclarecer o sentido de sua vida”, explica José Roberto.

Para Andrea Deis, o mais importante é sentir amor e ter prazer no que faz. “Cumprir tarefas qualquer um cumpre. Criar, desenvolver, inovar, reinventar somente os apaixonados pela profissão conseguem. Só quem ama o que faz consegue enxergar além das obrigações diárias, prever riscos e superar obstáculos. Este é o profissional desejado pelas empresas atualmente, é o profissional que irá sobreviver neste momento de crise”, destaca.

Ela conclui convidando-nos a pensar: “Portanto, faça uma breve reflexão: Quais são os resultados que tenho conquistado nos últimos anos? Me satisfaz por completo? Sou reconhecido? É gratificante? Faço com prazer? Se você tem dúvida sobre uma das perguntas, talvez seja melhor refletir se tem trabalhado ou apenas está empregado”.

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