Por Gustavo Chierighini, publisher da Plataforma Brasil Editorial.
Caro leitor, sabemos que o empreendedorismo é uma atividade de fé. De crença em uma ideia fundamentada e de um estado de espírito.
É também conhecida a elevada dosagem de autoconfiança e coragem necessárias para se tocar um negócio, com todos os riscos e perigos envolvidos.
Empreendedorismo é autoconfiança e coragem (mas não exagere, por favor). Requer muita análise, desprendimento e mão na massa.
Mas não é só isso. Empreender exige a cabeça firme, acoplada ao pescoço, e os pés devidamente plantados no chão.
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Em resumo, gerir o próprio negócio exigirá sempre um ingrediente fundamental (e raro): bom senso. É ele que vai transmitir confiança e tranquilidade a sócios, parceiros, banqueiros, colaboradores e investidores.
Sem ele, você poderá até escutar gracejos admirados diante da sua coragem em enfrentar perigos, mas também observará que não moverão uma única palha na direção dos seus propósitos.
Seja confiável! Ser detentor de crédito é algo maior do que capacidade de pagamento: passa pelo conceito de “ser confiável”, pelo respeito profissional construído por meio da sua capacidade de analisar e assumir riscos possíveis, calculada e cuidadosamente.
Entenda de uma vez por todas: você não é um super-herói. Um empreendedor que acredita ser um super-herói acaba por se tornar um radical, cuja cegueira diante dos abismos o empurra para a inadimplência, descumprimento de contratos e a derrocada financeira.
De toda forma, saiba que mesmo percebendo que raciocina como um radical, o mais importante é que na hora de agir o bom senso seja recuperado, e os pés não saiam do chão evitando decolagens desastrosas.
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Sendo assim, observe as dicas abaixo e fuja desta armadilha:
Não se engane! Diante do inevitável, da realidade nua e crua, não se engane, enfrente os problemas com clareza e objetividade.
“Stop Loss”: Coloque limites! Estabeleça claramente a reserva de recursos pessoais que serão aportadas no seu negócio, colocando os devidos limites para que em caso de insucesso, o seu patrimônio pessoal não vire pó.
Encare a realidade! Não negue a realidade, por mais dura que ela seja. Só o fato de a reconhecer adequadamente e de forma lúcida já é o suficiente para evitar o pânico entre credores, parceiros e investidores.
Não se leve tão a sério! Acredite em você e na sua ideia ou projeto, mas evite levar-se tão a sério. Faça da autocrítica uma prática constante.
Respeite, aprenda e cresça com os mais experientes! Não descarte a experiência de empresários dotados de maior vivência que estão tentando alertá-lo. Antes de tapar os ouvidos, escute e analise. Se for o caso, jogue os conselhos no lixo; caso contrário, agradeça e mude de rota.
Diga não aos modismos e as invencionices de gestão! Evite modismos de ocasião. Seja sólido e tenha personalidade. Você não precisa seguir modelos enlatados. Fuja dos teóricos do capitalismo (tipo professores de empreendedorismo que nunca montaram uma carrocinha de pipoca bem-sucedida).
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Cuidado com o dizem ser certo. Desculpem-me os “politicamente corretos”, mas o propósito essencial de uma empresa é geral rentabilidade para seus investidores. O resto vem depois. Nunca se esqueça de que uma empresa precisa gerar lucro e trazer o seu merecido prêmio financeiro. Se esse não é o foco principal, monte uma ONG, um movimento, um partido político ou qualquer outra coisa que não seja uma empresa.
Preserve o seu ceticismo. Por mais que se sinta confiante, preserve o mínimo de ceticismo sobre os outros e sobre você também.
Reconheça seus erros sem constrangimentos! Não fique constrangido ao reconhecer erros e mudar de rota, por mais que tenha sustentado o contrário. Seja honesto com você mesmo, seus propósitos e com as pessoas que estão apostando no seu sonho.
Se necessário caia fora! Se for o caso, saiba a hora certa de cair fora e encerrar temporariamente o seu sonho. Em seguida avalie os erros e recomece mais experiente.
Quer deixar alguma sugestão ou comentário? Fique à vontade. Obrigado pela leitura e boa sorte!