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Os erros podem ser nossos melhores amigos

por Janaína Gimael
3 min leitura
Os erros podem ser nossos melhores amigos

Nesta semana minha irmã me enviou um vídeo sobre erros. Nele, a narradora contava a forma com que uma tribo africana costumava reagir quando alguém da aldeia cometia um erro. No lugar de acusar ou jogar pedras, como costumamos em geral fazer na sociedade em que vivemos, a pessoa que cometeu o erro era levada até o centro da aldeia e então os membros da tribo começavam a dizer em voz alta, um de cada vez, tudo de bom que aquela pessoa já havia feito em algum momento. A intenção era ajudar a pessoa a não se culpar, e seguir em frente levando recordações de suas atitudes positivas. Bonito, não?

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Costumamos, ao contrário dessa tribo, ser muito intolerantes com os erros dos outros e também com os nossos próprios erros, e esse vídeo me fez avaliar que há algo que não está certo nisso. Precisamos aprender com o exemplo da tribo africana e, como dizem, seguir com o baile da vida após cometer um erro. Afinal, não é um erro que nos define como pessoas.

Comecei a pensar, então, nos tantos erros que cometi ao longo da vida, e cheguei à conclusão de que eles também foram as minhas melhores lições. Sabe por quê? Porque é apenas quando erramos que nos esforçamos de fato para fazer diferente numa próxima vez.

Vale para tudo: Errou na receita do bolo? Na próxima fornada certamente tomará mais cuidado na hora de acrescentar os ingredientes. Falou algo que não devia? Certamente ficará mais atento com as palavras para não magoar alguém novamente. Perdeu dinheiro porque não avaliou direito os riscos? No próximo investimento fará a lição de casa certinho. Pense bem: aquele exercício que você errou numa prova anos atrás é certamente aquele do qual você nunca mais conseguiu se esquecer da resposta! E assim é a vida!

O melhor balanço

Decidi escrever sobre erros não somente porque recebi aquele vídeo lindo, mas também porque é minha semana de aniversário. E quando fazemos aniversário, como diz a minha mãe, “é batata”! Sempre tendemos a fazer um balanço de todos os acertos e erros cometidos ao longo do ano para que no próximo a gente ao menos tente fazer diferente, não é verdade? Se comeu demais e engordou, a gente promete que vai cuidar melhor de si mesma no próximo ano; se ia começar a estudar e não o fez, a gente decide se matricular logo naquele curso; se ia começar a poupar e não conseguiu, a gente avalia que é preciso organizar as finanças o quanto antes. É a análise dos erros – ou da falta de acertos – que nos permite fazer um balanço que sirva para retomar o rumo.

E quando se tratam de erros, o objeto de estudo desta reflexão, precisamos lembrar – e me incluo nisso – que um erro cometido também deve ser perdoado e servir de aprendizado, porque hoje nós não somos as mesmas pessoas de ontem. Ou seja, fizemos o melhor que pudemos de acordo com as circunstâncias e nossa consciência e forma de encarar o mundo na época. E não somos os mesmos porque foi exatamente aquele errinho lá atrás que nos levou a mudar. Isso é algo muito legal para observarmos! Que bom que a vida nos permite isso, não é mesmo?

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Se tivéssemos só acertos na vida, veja bem, não mudaríamos nunca, afinal, para quê mexer em time que está ganhando? Mas todo mundo erra. Talvez a gente comece a vida mesmo errando. Pense em quantas palavras falamos de qualquer jeito, trocando letras e sons, até falarmos o nosso idioma? E em quantos tombos tomamos até ficarmos em pé? Só aos poucos, conforme erramos, vamos aprendendo e conseguindo acertar.

E se olharmos os exemplos de gente conhecida que conta suas histórias para a mídia, também vamos ver que não são apenas os simples mortais que cometem seus muitos erros. Quantos artistas, investidores e empresários não contam por aí que erraram muito antes de acertar? Não tem jeito, faz parte do jogo!

Para terminar este artigo, depois de toda essa reflexão, espero que da próxima vez que você cometer um erro, possa se lembrar de ser mais suave com relação a ele, combinado? Se der para consertar, ótimo. É sempre bom tentar fazer isso quando possível! Mas se não der (às vezes não dá), faça o exercício de seguir em frente e tentar acertar de uma próxima, certo?

E na hora de fazer uma avaliação da vida, talvez em uma semana de aniversário, assim como eu, no lugar de contar os erros, some os acertos. E conte também os amigos e pessoas especiais que você tem por perto. São eles que, assim como acontece com a tribo africano lá do começo do texto, que mostrarão os acertos que você talvez nem se lembre de ter realizado!

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