Lembro que durante um bom tempo, ainda na infância, ouvia meus pais e outros familiares me incentivando a buscar uma carreira que pudesse garantir meu futuro.
A palavra-chave, que cansei de ouvir era: estabilidade.
Aqui no Brasil, já um pouco mais velho, quando comecei a procurar trabalho, tive a oportunidade de estagiar em um órgão público, ligado as forças armadas.
Conversando com meus superiores (muitos deles concursados), fui percebendo que naquela época este tipo de servidor público gozava de uma série de regalias.
A maior delas era justamente a estabilidade, que garantia sua permanência no trabalho, mesmo quando o desempenho era deplorável.
O tempo passou, e conforme fui amadurecendo, percebi que o mundo caminhava para uma transformação.
As mudanças chegaram mais cedo do que muitos imaginavam. Hoje consigo perceber que os valores de poucos anos atrás, hoje, são nada mais do que lembranças de uma parte da história, que aliás, nos ajuda a enxergar a realidade dos serviços públicos em nosso país.
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Carteira assinada: um limitador de renda
Antes da minha aventura com o Dinheirama, passei por 3 empresas grandes. Uma carreira rápida e 100% baseada em desafios.
Tive a oportunidade de aprender muito com gente que se colocava em um “pedestal”, acima do bem e do mal e que na verdade, nunca foram mais do que fracassados.
Ao mesmo tempo, tive a chance de aprender muito com quem apostava na meritocracia, trazendo aqui para o Brasil o conceito onde todos os colaboradores (inclusive aqueles com a função mais simples), eram encarados como associados.
A polêmica meritocracia, na sua essência iguala as pessoas, pois na prática (quando bem empregada) ajuda a todos a focarem não apenas no salário, mas em resultados.
Conforme minhas realizações iam se sobressaindo, maior era minha renda. Inclusive, meus rendimentos, quando comparados com amigos que se vangloriavam de estabilidade, eram muito maiores.
Logo cedo, em um dos meus primeiros trabalhos, aprendi duas lições importantes.
- Realizações te garantem melhores oportunidades;
- Salário é um limitador de renda.
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Um mundo feito de pessoas diferentes
Nos últimos meses, com a continuidade da crise econômica, muitos dos meus amigos de antigamente (aqueles que se vangloriavam da estabilidade) continuaram a perder o trabalho. No fundo a estabilidade não existe.
O mundo mudou rapidamente e hoje, com tantas possibilidades surgindo através de serviços novos e empresas inovadoras, aquele que ainda pensa em trabalhar a partir de uma relação trabalhista CLT está, no melhor dos cenários, perdendo tempo (e dinheiro).
É questão de tempo para que reformas aconteçam e obriguem as pessoas a efetivamente começarem a focar suas carreiras nas realizações, na produtividade e no mérito.
Hoje, uma quantidade enorme de pessoas já trabalha assim, criando suas próprias oportunidades e se antecipando a uma nova maneira de trabalhar.
Mesmo em um mundo repleto de pessoas que pensam de forma diferente, já é possível prever que as transformações nas relações de trabalho são inevitáveis.
Não faltam exemplos para mostrar isso. Empresas como Uber, Airbnb, Linkedin, entre outras, transformaram o trabalho, criando soluções que ofereciam melhores soluções e com preços mais atraentes.
A crise econômica congelou o salário de muitos funcionários públicos, que em alguns estados, começaram a ver inclusive sua renda ameaçada. Afinal onde está a estabilidade?
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Conclusão
Aprender rápido e prestar um serviço de qualidade é o que as empresas cada vez mais irão procurar. Não se contente em ser apenas bom, trabalhe para ser ótimo.
Esqueça essa conversa de estabilidade, de carteira assinada e aposte em criar oportunidades. Então seu salário vai deixar de ser um custo para se tornar algo de valor. Sua exclusividade vai ser valorizada.
No fim, o salário limita o sucesso financeiro das pessoas. Um bom salário hoje não é nenhuma garantia para o futuro e ainda por cima pode te deixar acomodado, algo que é inimaginável para quem quer alcançar o sucesso e sair da mediocridade.
Um abraço e até a próxima!