No Brasil, as repúblicas de estudantes costumam ser bastante tradicionais, mas em países da Europa e Estados Unidos é bastante comum o conceito de coliving ou moradias compartilhadas. E este conceito vem chegando aos poucos por aqui! Uma das empresas que atua neste mercado é a Uliving.
O conceito baseia-se no aluguel de um quarto compartilhado ou individual, no qual o inquilino paga uma mensalidade que também dá o direito de desfrutar de áreas de convivência como salão de jogos, sala de estudos, cozinha, rooftop e churrasqueira.
“Acreditamos que a experiência universitária fique ainda mais rica se compartilhada com outros jovens que estão passando pela mes ma fase, mas que têm ‘bagagens’ diferentes. Mesmo tendo estrutura na moradia, é uma fase importante de amadurecimento e transição para a fase adulta”, explica o CEO Juliano Antunes. A Uliving tem cinco unidades no Brasil, nas cidades de São Paulo, Ribeirão Preto (SP) e Sorocaba (SP), totalizando quase 600 camas.
Para entender um pouco mais a respeito e trazer informações relevantes para o leitor do Dinheirama, convidamos o executivo da Uliving para responder algumas perguntas!
Desde quando a Uliving existe e de onde surgiu a ideia de criar um serviço de residências compartilhadas? É apenas para estudantes ou qualquer um pode alugar?
Juliano Antunes: A Uliving surgiu em 2012, quando identificamos que o mercado de residências estudantis no país possuía um alto potencial, porém era totalmente inexplorado de forma profissional. Fizemos um extenso benchmarking internacional, reunimos as melhores práticas ao redor do mundo, criando um modelo próprio de negócio para o Brasil. A experiência foi desenvolvida exclusivamente para estudantes. No momento da assinatura do contrato é necessário apresentar um comprovante de matrícula.
Onde estão disponíveis estas residências hoje e quais as perspectivas para médio e longo prazos?
J.A.: Atualmente, existem 5 unidades da Uliving no Brasil: 3 em São Paulo, 1 em Sorocaba e outra em Ribeirão Preto. Temos um plano de expansão agressivo para os próximos anos, com a inauguração de mais empreendimentos na região sudeste.
Fora do Brasil, especialmente em lugares mais caros como Londres, sabemos que é muito comum as pessoas compartilharam a casa. Acredita que esta “cultura” tende a se repetir no Brasil também? Como enxerga esta questão?
J.A.: Com certeza! Há muitos anos existem as tradicionais repúblicas no Brasil, mas a nossa proposta é oferecer algo mais estruturado para os moradores, ainda com foco na experiência de compartilhamento. O jovem paga uma mensalidade de um quarto individual ou duplo e pode desfrutar de áreas de convivência, como sala de TV, salão de jogos, lavanderia, cozinha e churrasqueira.
Quais os benefícios e eventuais problemas que enxergam no compartilhamento da moradia estudantil?
J.A.: Os benefícios são vivenciar essa fase marcante da vida com outros jovens que estão passando pelas mesmas questões. Nesse perfil de residência, os jovens devem respeitar o espaço dos outros, assim não haverá problema.
Com relação ao mercado em geral, você acredita em uma tendência de serviços mais compartilhados?
J.A.: Com certeza. Essa geração está em busca de diferentes experiências e serviços, sem ter que desembolsar um valor alto por isso.