Como anda o seu hábito de leitura? Quantos livros você já leu neste ano? E será que você costuma reler alguns dos bons livros que leu lá atrás para tentar buscar novas lições e significados? Às vezes eu faço isso.
Acredito que quando temos um bom livro em mãos, ele deve ser consultado muitas e muitas vezes, e é tão interessante quando notamos que o mesmo livro, a mesma história, pode nos ensinar coisas tão diferentes dependendo da fase da vida em que estamos vivendo, não é mesmo?
Pois bem, nestes últimos dias resolvi dar uma mexida na estante de casa para rever alguns daqueles livros que em algum momento tinham tido grande importância em meu caminho. E achei um, que me foi dado de presente pela mãe de um ex-namorado, justamente na fase em que eu estava prestes a abrir minha agência de comunicação e realmente muito focada na carreira. O nome é: Mulheres Ousadas chegam mais longe, e foi escrito por Lois P. Frankel, presidente da Corporate Coaching International.
O livro trata de 101 erros inconscientes que atrapalham a carreira das mulheres, mas acredito que muitos desses erros também acabam sendo cometidos pelos homens, e é por isso que separei 5 deles para refletirmos a seguir, independente de gênero. Vamos lá?
1 – Trabalhar demais
No livro, a autora cita o ditado que diz que “as mulheres precisam trabalhar duas vezes mais para provar que têm a metade da competência dos homens”, mas começa a avaliar que, na verdade, ninguém consegue uma promoção apenas pelo fato de trabalhar duramente, é preciso ter senso de oportunidade, raciocínio estratégico, rede de relacionamentos e talento, entre outros predicados. É por isso que, independente de gênero, é preciso estabelecer limites para as horas de trabalho e se permitir “desperdiçar” alguns minutos no horário do expediente para cultivar bons relacionamentos. A dica da autora é que as pessoas determinem as tarefas a serem cumpridas logo no início dia para evitar interromper um trabalho prioritário para atender aqueles que acabam de “pousar” na mesa.
2 – Fazer o trabalho dos outros
A tendência de assumir o trabalho dos outros, que a autora acredita ser algo muito comum entre as mulheres, é um comportamento prejudicial, pois não há tempo de se construir carreira quando tudo que acontece é ficar cobrindo responsabilidades alheias, entende? Para evitar este tipo de coisa a primeira dica é rejeitar o sentimento de culpa por dizer “não”. Depois, o ideal é não se oferecer voluntariamente na execução de tarefas rotineiras e de pouca expressão, pois elas só causam perda de tempo que poderia ser investido de outra forma. E finalmente, se alguém quiser delegar tarefas que não são suas, simplesmente explique que adoraria ajudar, mas está realmente com muito trabalho.
3 – Calar-se
Já escrevi outras vezes sobre momentos em que é necessário calar e momentos em que é necessário falar. No ambiente corporativo, o grande desafio será encontrar equilíbrio entre essas coisas e aprender a discordar, quando preciso, sem ser desagradável. O segredo, neste caso, é ouvir com atenção a outra pessoa antes de dar uma opinião embasada em argumentos. Também vale se esforçar para dizer o que pensa mais frequentemente sempre que houver oportunidade. Outro ponto é com relação a perguntas. Muita gente não pergunta por medo de parecer ignorante, mas, como a autora ressalta, é muito melhor perguntar do que executar o trabalho de forma errada.
4 – Falar muito de coisas pessoais
É claro que falar sobre coisas pessoais é necessário e torna todos mais humanos, mas é preciso escolher com cuidado os assuntos e as pessoas a quem vamos confiá-los. E quando um problema pessoal influenciar negativamente o seu desempenho, a autora recomenda que é preciso usar honestidade, mas também ser breve. Basta dizer: “Estou atravessando uma crise pessoal muito dura, mas o trabalho é importante para mim. Vou prestar mais atenção nos detalhes”. O que você acha, faz sentido?
5 – Negar a importância do dinheiro
Finalmente, o último ponto que separei tem a ver com dinheiro. Se você ama o que faz, saiba que a vocação e um bom meio de ganhar dinheiro não deveriam ser coisas excludentes. “A verdade é que você consegue as coisas nas quais concentra seus esforços e energias. Se seu salário não for justo e você não receber o aumento que merece, está na hora de se concentrar mais no fator dinheiro.”, explica a autora. E como fazer isso? Primeiramente, ela recomenda que seja feita uma pesquisa de níveis salariais e valores pagos a seu cargo ou atividade que exerce. Eu acrescentaria que é preciso avaliar os impactos positivos que você vem trazendo à empresa com seu trabalho. Junte os pontos e tente negociar um valor mais justo. Além disso, é claro, aprenda a lidar melhor com o dinheiro que recebe procurando entender mais de educação financeira e investimentos. E para isso, é claro, você pode contar com a gente!